Homem “orienta” aborto e bate em adolescente grávida após descobrir que bebê é do sexo feminino
Após descobrir que o bebê é uma menina, o suspeito ainda "orientou" que a adolescente abortasse a criança
Uma adolescente de apenas 15 anos, que está grávida de 23 semanas, foi agredida pelo marido, que não teve a identidade e nem o nome divulgado em Boletim de Ocorrência (B.O), após o exame de ultrassonografia mostrar que a criança é do sexo feminino.
O casal mora no bairro Jardim Araguaia, em Sinop e está junto há cerca de um ano.
De acordo com o B.O, a jovem descobriu que está grávida, entretanto, o suspeito queria que a criança fosse um menino. Quando a menor fez o exame de ultrassonografia, se descobriu que o bebê é do sexo feminino.
O marido da jovem não gostou nada da notícia, visto que já havia dito que queria ter um filho homem. Ele “orientou” a jovem que abortasse, porém, a menor não quis.
Ocorre que na noite desse sábado (22), o casal discutiu e o motivo ainda era o não contentamento do homem com o fato do bebê ser uma menina. Foi então que ele passou a agredir a adolescente.
A jovem procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para receber atendimento médico. Lá, ela passou por uma triagem e a equipe que atendeu a jovem constatou que a menor havia sido agredida. Os profissionais acionaram a Polícia Militar (PM), que esteve na unidade médica e conversou com a vítima. Foi então que ela contou toda a situação.
A equipe da UPA também acionou o Conselho Tutelar de Sinop, visto que a vítima é uma menor de idade.
A conselheira plantonista e coordenadora do Conselho Tutelar, Angélica Gaspari, confirmou à Rádio 93 FM, que a jovem foi transferida para outro hospital de Sinop e que estava com vários hematomas nos braços, no rosto e no olho. “Ela será acompanhada pelo Conselho, por enquanto está tudo bem com o bebê.
Após ser transferida para um hospital, a menor foi atendida e passa bem. Conforme a conselheira, que esteve na unidade médica e conversou com a jovem e com o médico que atendeu a vítima, o bebê não corre nenhum risco, porém a adolescente segue em observação. Após sair do hospital a menor deve ir para a casa de uma avó.
A conselheira ainda orienta que, em casos como esse, e até mesmo parecido, que as pessoas entrem em contato com o Conselho, para que as devidas providências sejam tomadas. “Estamos aqui para contribuir, se alguém souber de alguma vítima, alguma criança que teve seus direitos violados, que faça a denúncia, entre em contato, temos também o disque 100”, conclui.
O Conselho Tutelar de Sinop fica na Rua das Aroeiras, nº 999, no Centro. O telefone é o (66) 3531-4722.
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