Farmácia de manipulação é fiscalizada após aumento no valor de Ivermectina
Após denúncia, a Polícia Civil constatou que houve um aumento de 866% no valor do produto. A empresária alega aumento no valor dos insumos, apresentando notas de compra da matéria prima.
Uma farmácia de manipulação foi fiscalizada na capital Cuiabá, após uma denúncia de cobrança abusiva no valor de Ivermectina, medicamento recomendado para o tratamento de infestações por parasitas.
A ação foi realizada pela Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), em parceria com o Procon Municipal, na manhã desta quarta-feira (1º). De acordo com a denúncia, no dia 16 de junho a comunicante comprou 60 cápsulas do medicamento utilizado para tratamento do Covid-19, pelo valor de R$ 59.
Aproximadamente uma semana depois, no dia 23 de julho, foi repassado à consumidora pela a mesma quantidade do medicamento, o valor de R$ 570, totalizando um aumento de 866% no valor do produto.
Inconformada com aumento do preço no curto espaço de tempo, a consumidora procurou a Decon para registrar a ocorrência. Com base nas informações, os policiais da Decon e a equipe de agentes do Procon foram até a farmácia de manipulação, onde foram atendidos pela responsável pelo estabelecimento que apresentou cópias das notas de compra da matéria prima.
Segundo a responsável, a substância vem da China e Índia e em novembro de 2019, a farmácia adquiriu um quilo do insumo utilizado na manipulação da ivermectina pelo valor de R$ 105.
Na segunda quinzena de junho deste ano, a mesma quantidade do produto foi comprada pelo valor de R$3,4 mil, um aumento de mais de 3000% no preço. Ela informou ainda às equipes que outros medicamentos utilizados no tratamento do Covid-19, como a hidroxicloroquina, o aumento de preço da matéria-prima foi ainda maior.
Segundo o delegado da Decon, Rogério Ferreira, nos últimos dias, a imprensa tem divulgado que profissionais da saúde têm recomendado o uso do medicamento ivermectina e de hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19, “Esse fato tem feito a procura pelos medicamentos aumentarem bastante, levando a Polícia Civil e o Procon procurarem coibir e reprimir eventuais práticas de aumentos abusivos de preços ao consumidor”, disse o delegado. (93 FM com Ascom / PJC-MT)
