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Empresários têm novo desafio com a Lei Geral de Proteção de Dados

A Pandemia, provocada pelo novo coronavírus, levou os empresários a tomarem medidas duras e também inovadoras no mercado. Conheça Lei que está gerando mudanças no mundo empresarial digital.

Os empresários, em 2020, tiveram que tomar medidas duras e também inovadoras no mercado. A realidade é que as empresas passaram a se atualizar em suas atividades, diante da competitividade e o mundo digital. O que também deve ser conhecido pelos empresários é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Confira a seguir, um artigo especial, escrito pelo advogado Dr. Pedro Moura Araújo, sobre “A nova Lei Geral de Proteção de Dados e os impactos da pandemia no posicionamento digital das empresas.”

Após dois anos de um período para que a sociedade pudesse conhecer e se adaptar, a Lei Federal nº. 13.709, de Agosto de 2018, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), começou a valer efetivamente em Setembro de 2020, e justamente num contexto, causado pela pandemia, em que as empresas se viram diante da necessidade de uma “digitalização forçada” de muitas de suas rotinas, e sem tempo para se preparar nesse sentido, tanto para os desafios quanto para – por que não – as oportunidades que viriam a surgir.

Acontece que, embora a princípio a entrada em vigor de uma lei como essa possa parecer apenas trazer mais uma preocupação e um custo para as empresas após um ano tão conturbado, não teria como ser diferente, e seria difícil segurar uma lei tão necessária e, se olharmos de modo mais amplo, tão benéfica para todos, e que já havia sido adiada uma vez antes mesmo disso tudo acontecer.

Fato é que no contexto que já estava desenhado antes da pandemia, com a forma como a mobilidade digital passou a fazer parte das nossas vidas, pensar em proteção de dados pessoais já havia se tornado um requisito indispensável para nossas atividades cotidianas e para a própria sustentabilidade dos negócios.

 

 

Negócios hoje também são feitos de dados

Não há como vivermos nossas vidas, trabalhar, estudar, se divertir, comprar e vender ou fazermos qualquer tipo de negócio ou transação hoje sem que nossos dados pessoais estejam envolvidos em alguma etapa do processo.

E há quem diga que dados, especialmente nossos dados pessoais, são o novo petróleo, e que especialmente as empresas dependem deles, não só para o cumprimento de formalidades, mas para que possam direcionar todas as suas atividades.

A gestão hoje é orientada a dados, e sem dados não há como realizar desde as rotinas mais simples até definir estratégias comerciais, já que a interligação digital que vivemos hoje faz com que uma empresa local possa até mesmo disputar espaço com empresas de qualquer lugar, e nesse cenário quanto mais a empresa conhece seus clientes mais assertiva ela será na busca por melhores resultados, onde quer que eles estejam.

Mas esse conhecer os clientes, o que envolve o tratamento dos dados pessoais deles, precisa ser visto, antes de tudo, como uma grande responsabilidade.

Conhecer o cliente, com base numa boa gestão de dados, é uma necessidade e pode fazer com que a empresa se torne mais próxima dele, com que seja cada vez mais efetiva em atender suas necessidades e desejos e garanta sua fidelização.

Só que ter tanta informação sobre alguém, ainda mais sobre tantos alguéns, sob sua responsabilidade não deixa de ser um risco, e fazer isso sem o devido cuidado pode dar margem a incidentes que podem azedar essa relação na velocidade de um clique.

Leia também – Como Evitar Golpes Na Internet

 

 

Como se posicionar frente aos desafios e oportunidades da era digital

Não há como evitar. A partir do momento em que uma empresa se posiciona no ambiente digital o risco de incidentes é constante, e não há como as empresas ganharem espaço, crescerem com sustentabilidade ou pelo menos sobreviverem na era digital sem pensarem em segurança, especialmente nas questões que envolvem o cuidado com a proteção dos dados pessoais de seus clientes.

Sendo assim, as empresas precisam avaliar o que o digital representa para elas e como vão encará-lo, estando sempre cientes de que isso demandará um constante balanceamento entre as oportunidades que elas desejam buscar e os riscos para os quais elas precisarão estar preparadas nesse ambiente.

E, basicamente, existem três formas das empresas lidarem com isso, ou três tipos de empresas, melhor dizendo, em face da realidade digital atual.

Existem as empresas que conhecem o desafio, e sabem que vão precisar gerenciar questões técnicas, operacionais e até legais nesse processo, mas justamente por estarem cientes disso adotam uma postura ao mesmo tempo inovadora mas segura, pois sabem que o digital representa novas oportunidades e um caminho sem volta, mesmo porque para muitas o digital foi a salvação da lavoura num ano tão difícil, e por isso não há como simplesmente abrir mão de estar on-line, mesmo que isso represente um grande desafio.

Por outro lado existem aquelas empresas que têm consciência dos desafios do mundo digital atual, e que podem estar perdendo oportunidades se não considerarem se posicionar nele, ou – o que é mais complexo – até já se posicionaram do jeito que deu, e no fundo sabem que podem até ter algum tipo de problema com essa exposição, mas acreditam que não há muito com o que se preocupar e que “imprevistos” não podem afetá-las tão gravemente, e “deixa a vida me levar”.

Mas, mesmo com todas as transformações que vivemos nos últimos tempos, potencializadas ainda mais, e de uma maneira brusca, por causa da pandemia, ainda existem aquelas que não dão muita importância pro digital, e que tudo isso é no máximo assunto de redes socais ou aplicativos de mensagens, coisa de gigantes da tecnologia, e por isso acabam perdendo oportunidades, sem se dar conta de que ignorar o digital não irá poupá-las dos efeitos colaterais que inevitavelmente afetam quem entra nele, achando que por atuarem só no off-line estão livres dos grandes riscos dessa era, o que não é verdade.

Assim, talvez o maior risco do digital para as empresas hoje é estar fora dele. E já que o digital veio para ficar é necessário que ele se estabeleça de maneira saudável, e é por isso que as empresas precisam ter uma visão mais lúcida, até mesmo das normas que surgem para regular esse ambiente, pois, antes de ser apenas uma questão burocrática, normas como as que a LGPD passa a estabelecer precisam ser encaradas e adotadas também como uma oportunidade.

Não se trata apenas de mais uma lei para cumprir, mas realmente de uma oportunidade de refinamento da gestão das empresas e demonstração de consideração a seus clientes, o que na prática representa mais do que a busca pela minimização de riscos que são inevitáveis, mas será um diferencial de mercado para quem compreender seus propósitos e conseguir converter isso em capital de confiança junto a seus clientes, especialmente depois de termos passado por um ano que foi de tanta insegurança para todos nós.

Pandemia e LGPD impulsionam empresários no mundo digital
Dr. Pedro Moura Araújo, advogado especialista em proteção de dados e crimes digitais. (Foto: Marcelo Jhonnes / 93 FM)

*(Pedro Moura Araújo)* – Advogado – OAB-MT 28.139/O / E-mail: [email protected]

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