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Setor funerário prepara protocolo de prevenção de contaminação do Covid-19

Em alguns lugares do país, as concessionárias públicas de cemitérios buscam orientar familiares que, em caso de perder entes queridos, possam seguir as recomendações de prevenção.

Um protocolo de procedimentos foi elaborado por empresários do setor funerário, onde prevê possíveis riscos de contaminação do coronavírus, seguidos do aumento considerável da demanda do serviço. O protocolo é uma preocupação dos empresários, diante da disseminação do vírus.

Os procedimentos previstos no protocolo são sobre as etapas que compõem as atividades de remoção dos mortos, contratação do serviço funerário, preparação dos corpos, homenagens póstumas, sepultamento e cremação.

A Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif), está a parte da iniciativa, pois a entidade representa mais de 13 mil empresas que oferecem diretamente 350 mil empregos em todo o país.

Para o presidente da Abredif, Lourival Panhozzi, o setor funerário brasileiro possui uma boa estrutura, a qual dá confiança e a credibilidade de que as empresas estão preparadas para atender o aumento da demanda.

Ele, no entanto, destaca que, para evitar problemas, é fundamental a ajuda do Ministério da Saúde, no sentido de transformar em norma geral o protocolo de procedimentos elaborado e enviado ao ministério pela entidade.

“Os matemáticos dizem que poderemos atingir o pico de 3.500 óbitos em um dia”, disse Panhozzi à Agência Brasil.

“Nosso setor, inclusive, já identificou um crescimento acentuado no número de óbitos com causa morte identificada com as relacionadas ao novo coronavírus (síndromes respiratórias). Contudo, até porque a confirmação do diagnóstico demora, não estão grafadas como covid-19”, acrescentou.

Segundo ele, por ter contato direto com os corpos de pessoas que morreram em decorrência da covid-19, os profissionais que desenvolvem as atividades funerária estão entre as pessoas que mais correm risco de contaminação.

“Os problemas ocorridos em outros países, com relação à atividade funerária, não deverão ocorrer no Brasil. Nossa estrutura instalada é muitas vezes superior à de muitos países, mas para que ela continue operacional é preciso que o Ministério da Saúde implante nosso protocolo. De nada adianta nossa estrutura física se nosso pessoal for afastado por contaminação”, argumenta Panhozzi referindo-se ao protocolo de procedimentos técnicos já encaminhado ao ministério.

A elaboração de protocolos unificados poderá facilitar essa implementação em todo o país, de forma a garantir a segurança dos trabalhadores e, assim, evitar a disseminação do vírus.

Segundo informações, algumas empresas do setor já estão se adiantando e, antes mesmo do retorno das autoridades federais, estão buscando a adoção do protocolo, por meio de decretos municipais.

 

Cemitérios

Alguns cemitérios já estão se preparando para lidar com a situação. Em alguns lugares do país, as concessionárias públicas de cemitérios buscam orientar familiares que, em caso de perder entes queridos, possam seguir as recomendações de prevenção.

O uso de equipamentos de segurança individual é constante, segundo o setor funerário, mas nesse período de risco de infecção pela covid-19, a necessidade de higienização está sendo reforçada com as equipes.

A duração dos velórios, agora, está limitada a duas horas, além dos 30 minutos de cortejo. “Nos casos de morte pelo novo coronavírus, não haverá velório. Apenas o sepultamento”, informa a assessoria dos cemitérios do Distrito Federal, onde cerca de 490 mil pessoas estão sepultadas.

Além disso, durante o velório nas capelas internas do cemitério, só será permitida a presença de apenas dez pessoas por vez. O cemitério, no entanto, reforça que a fiscalização e o controle desse acesso serão de responsabilidade da família.

De acordo com o grupo Boa Esperança, todos os cemitérios do Distrito Federal já adotaram essas medidas. Neles são feitos, em média, cerca de 950 sepultamentos por mês. Ainda não há, segundo a administração, aumento dessa demanda, em função do novo coronavírus.

 

Protocolo para o setor

O protocolo elaborado pela Abredif detalha os procedimentos técnicos a serem adotados nas seis fases da atividade funerária. Compõem essas etapas a de remoção dos mortos; a de contratação do serviço funerário; a de preparação dos corpos; de homenagens póstumas (velório); de sepultamento; e de cremação.

Na medida em que as demandas comecem a aumentar, novas propostas poderão ser agregadas ao protocolo, tendo por base sugestões que venham a ser apresentadas pelas empresas funerárias. “Hoje mesmo estamos estudando a inclusão de procedimentos como a redução do tempo de espera legal e do número de assinaturas [para apenas de um médico] visando a autorização para a cremação”, disse o presidente da Abredif.

Outras medidas que deverão ser incluídas no protocolo já encaminhado ao ministério é a possibilidade de declaração online da família autorizando o registro do óbito; a possibilidade de o sepultamento ser feito apenas com cópia da declaração do óbito; e a prorrogação do prazo legal [de 15 para 60 dias ] para que se proceda o registro da declaração de óbito no cartório. (Com Agência Brasil / Pedro Peduzzi)

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