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Polícia de Sinop registra mais de 800 ameaças contra mulheres em 2019

De janeiro até setembro deste ano foram 420 casos de lesão corporal, 14 estupros e dois feminicídios

Os números de violência contra mulher em Sinop são alarmantes. O levantamento divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), aponta que de janeiro até setembro de 2019 foram registradas 810 ameaças contra mulheres, 420 casos de lesão corporal, 14 estupros e dois feminicídios, neste sentido, assassinato de mulheres.

Já em outubro foi registrado o feminicídio da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, tendo como suspeitos o próprio marido e um policial militar. O caso ganhou repercussão nacional.

Conforme dados apresentados pela juíza de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Sinop, Débora Paim Caldas, até esta segunda-feira (25), dia que é comemorado internacionalmente a erradicação da violência contra a mulher, já foram registradas 676 medidas protetivas requeridas por mulheres, no município.

De acordo com a juíza, esse número pode ser ainda maior, já que muitas mulheres não procuram as autoridades. “Em comparação aos dados do ano passado é quase 10% maior. Isso representa somente as que procuraram e quantas outras não procuraram. É uma realidade assustadora. Não estamos falando somente de violência doméstica contra mulher, mas também contra a família”, afirmou a magistrada.

 

Mato Grosso

Ampliando esses dados para o Estado todo, houve um aumento de 5,8% dos casos de feminicídio em relação ao ano passado. Ao todo, em 2019 foram 36, já em 2016 foram 34. A comparação foi feita com o mesmo período do ano passado, ou seja, de janeiro até setembro.

 

Combate a violência

Nesta segunda-feira (25) foi lançada em Sinop a campanha “Sinop Livre de Violência Contra Mulher”. A mobilização municipal é em referência a campanha internacional, celebrada mundialmente no dia 25 de novembro, para denunciar a violência contra as mulheres e exigir políticas em todos os países para sua erradicação.

Conforme a prefeita Rosana Martinelli, a proposta da prefeitura é discutir o tema com a população, uma vez que a violência contra a mulher é uma chaga da sociedade brasileira, uma triste realidade que precisa ser enfrentada. “Este é o momento de nos unirmos, todas as mulheres sejam as mães, filhas, netas, jovens, trabalhadoras. Todas juntas, porque essa é uma campanha a favor de Sinop, do seu povo e das nossas mulheres. por isso, temos que nos unir e dar um basta”.

O juiz auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça, Gerardo Humberto, que participou do evento representando a desembargadora Maria Erotides Kneip, parabenizou a iniciativa do município. “No Brasil, são registrados 80 crimes sexuais contra as mulheres por dia. São 15 feminicídios por dia no Brasil. Apenas e tão somente porque são mulheres. O município está de parabéns por encampar essa ideia. Fico feliz em participar do evento”.

 

Parceria

Durante o evento realizado no Centro de Eventos Dante de Oliveira, foi apresentada toda a formação da Rede de Proteção à Mulher, que iniciou em Sinop em abril deste ano e é promovida com o apoio da Prefeitura de Sinop, Câmara Municipal, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Delegacia Especializada da Mulher, OAB/Sinop, Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Faculdades Fasipe e Unic, Hospital Santo Antônio, Hospital Regional e Escritório Regional de Saúde e as secretaria municipais de Educação, Saúde e Assistência Social.

Ameaças contra mulheres
Fachada da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança, Adolescente e do Idoso de Sinop – Foto: O Livre

 

Casos Sinop

Na noite de terça-feira (8 de outubro), um dos envolvidos no assassinato da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, um policial militar identificado como Marcos Vinicius Pereira Ricardi, confessou que participou do crime junto com Ronaldo. Marcos indicou o local onde os dois suspeitos teriam jogado o corpo, um bueiro aos fundos do Centro de Eventos Dante de Oliveira, no bairro Cidade Jardim.

Por volta das 9h30 da manhã de quarta (9), os agentes de segurança conseguiram encontrar o corpo de Zuilda em um córrego próximo do condomínio Portal do Servidor, cerca de 700 metros de onde Marcos havia indicado. De acordo com a polícia, Ronaldo e Zuilda passavam por problemas no relacionamento deles.

Zuilda sumiu no dia 27 de setembro quando supostamente teria saído para trabalhar, porém não chegou. O marido dela foi até a residência do casal e lá, encontrou a caminhonete, uma SW4, trancada. Ao abrir o veículo, o homem constatou que haviam manchas de sangue. Ela foi espancada até a morte em um assalto forjado pelos suspeitos.

 

Outro caso

O corpo de Helida Cristina da Silva Fardin, de 35 anos, foi encontrado à margem de uma rua no Setor Industrial Norte, próximo ao Parque de Exposições na tarde de sexta-feira (23 de agosto). Ele estava enrolado em sacos plásticos que foram presos com fitas e jogado em uma vala.

Na segunda (19), Helida saiu para receber uma dívida de aproximadamente R$ 15 mil reais em um restaurante localizado na Avenida das Embaúbas. Após pegar o montante ela teria avisado o marido, por meio de uma mensagem, que já estava com o dinheiro e que iria voltar para casa, entretanto ela nunca chegou.

 

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