Padre fará benção de ramos casa por casa em Santa Carmem

Em tempos de Pandemia, muitas pessoas são atingidas diretamente ou indiretamente devido às atividades suspensas. O surto da doença covid-19 no Brasil, surgiu em época de quaresma, o que prejudica os eventos da Igreja Católica, afetando muitos cristãos e religiosos.

Já publicado pelo site da 93 FM, em entrevista exclusiva com o Bispo diocesano de Sinop, Dom Canísio Klaus, a Igreja orienta que todos os profissionais e trabalhadores façam suas atividades de forma criativa, para que tomem os devidos cuidados com a saúde, sem prejudicar nenhum procedimento.

Se falando em criatividade e quaresma, no município de Santa Carmem já existe uma mobilização por parte da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, para que os eventos que, geralmente, acontecem nessa época não sejam esquecidos pelos fiéis ou simplesmente ignorados.

No domingo de Ramos, haverá uma celebração especial, onde o Padre passará pelas ruas e avenidas das cidades, dando à benção de ramos. A ideia é que as pessoas coloquem ou segurem seus ramos em frente às suas casa, para que sejam abençoados pela oração do Padre.

De acordo com o Pároco de Santa Carmem, Pe. Antônio Miguel Mallmann, ainda não foi definida a programação para o restante da semana santa, mas que já há algumas possibilidades em vista.

“Eu vou sair na carroceria de um carro, e vou passando de avenida em avenida e de rua em rua, abençoando aos ramos. Enquanto isso, vai tocando uma música adequada ao Domingo de Ramos. Sobre o resto da semana Santa, nós ainda estamos refletindo mas já temos várias possibilidades em vista”, disse o Padre Miguel.

A missa do domingo de Ramos será transmitida por uma emissora de rádio local, no período da noite, para que a comunidade possa acompanhar, pois a celebração será feita sem a presença de público.

O momento é relembrado e comemorado pela Igreja Católica Apostólica Romana até os dias de hoje. O Padre ainda falou a respeito da crise que o país vivencia neste momento. Segundo ele, Pe. Antônio Miguel, é um momento das pessoas se unirem, não cair em ideologias e tomar os devidos cuidados.

“Vamos confiando de que Deus vai nos protegendo, mas temos que fazer a nossa parte. Eu acho que quem acompanha as notícias do mundo pela televisão, pela internet e TV a cabo, pode ver que todo mundo remete um cuidado diante deste vírus. Então não vamos cair em ideologias, em defender um e outro. Agora é hora de a gente se unir e buscar aquilo que Jesus sempre buscou, que é a vida. Que todos tenham vida e vida em abundância”, finalizou o Pároco, Pe. Mallmann.

 

O que é o Domingo de Ramos?

Uma recordação celebrada pela Igreja Católica e por todos os seus fiéis, pois simboliza o ato da chegada de Jesus em Jerusalém. A história conta que Jesus ficou 40 dias no deserto, onde passou por diversas situações, antes de ser morto e crucificado.

Ao entrar na cidade de Jerusalém, as pessoas que seguiam ou ouviam falar de Jesus, o recebeu carinhosamente com aplausos e estendendo ramos pelo caminho, como forma de tapete ao Rei, como “Aquele que vem em nome do Senhor”.

O mesmo povo que abanava ramos à Jesus, que ele seria apenas um Messias político e, desta forma, foram enganados pelo próprio julgamento. Naquele tempo Jesus havia entrado na cidade, montado sobre um jumento pequeno, demonstrando humildade e pequenez, mas ao mesmo tempo, que o seu reino não seria deste mundo.

Esses ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus.

 

A procissão e a missa

A procissão recorda aos fiéis que são apenas peregrinos em um mundo passageiro, transitório, que se gasta rapidamente e ainda mostra que a pátria não é neste mundo, mas sim, na eternidade.

Traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Jesus Cristo,

“Sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos dos soldados na casa de Anás, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar ‘crucifica-O, crucifica-O’; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, Seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e sepultura.” (Com Canção Nova)