Nova Rota do Oeste anuncia retomada de obras para duplicação da BR-163

Após sete anos de interrupção, a aguardada obra de duplicação da BR-163 será reiniciada a partir deste sábado (01/07), trazendo alívio aos motoristas que trafegam pela rodovia. A ordem de serviço para a retomada das obras será assinada pelo governador Mauro Mendes durante uma solenidade em Nova Mutum, às 11h.

Nessa primeira etapa, serão contemplados 86 quilômetros, compreendendo o trecho entre o Posto Gil, em Diamantino (km 507), e a travessia urbana de Nova Mutum (km 593). A previsão é de que as obras sejam concluídas em 24 meses.

Além da duplicação da via, o projeto inclui a construção de pontes, viadutos e a completa recuperação estrutural da pista antiga, representando um investimento de R$ 620 milhões.

“Esse é um trecho crítico e, por isso, foi nossa prioridade. Essa obra será um marco para a logística de Mato Grosso, solucionando um problema que se arrasta há anos graças a essa medida inovadora do Governo do Estado. Além disso, proporcionará maior conforto aos motoristas, melhorará o tráfego e reduzirá acidentes“, destacou o governador Mauro Mendes.

Os recursos para a retomada das obras de grande porte na rodovia foram assegurados após o Governo de Mato Grosso assumir a concessão da Rota do Oeste, em 4 de maio deste ano. Nessa operação, o Estado aportou R$ 1,6 bilhão, valor suficiente para quitar a dívida bancária da empresa concessionária e garantir a reativação dos trabalhos.

O projeto abrange a execução do saldo de obras originalmente previsto no contrato, que inclui cerca de 450 quilômetros de duplicação, além de 34 obras especiais, como pontes, trevos e viadutos, passarelas e a recuperação estrutural da via. Estima-se que, ao longo de 8 anos, sejam investidos R$ 7,5 bilhões nessa empreitada.

Para o diretor-presidente da Nova Rota do Oeste, Luciano Uchoa, este é um momento histórico para Mato Grosso.

“Estamos extremamente animados por participar de uma das obras rodoviárias mais importantes do país atualmente. Compreendemos o tamanho do desafio e da responsabilidade, mas também nos orgulhamos de fazer parte desse momento como profissionais e cidadãos”, ressaltou.

Os trabalhos terão início às margens da pista, no sentido norte, a partir do km 507, na região conhecida como Posto Gil, em Diamantino, avançando até o km 593,6, em Nova Mutum. No primeiro ano, serão concluídos 36 quilômetros de nova pista, acostamento, canteiro central, sinalização horizontal e vertical, além da recuperação da via antiga. Também está prevista a construção de uma passagem inferior.

No segundo ano de obras, espera-se a conclusão dos serviços até Nova Mutum, incluindo a construção de duas pontes, uma sobre o rio Arino e outra sobre um afluente, além de dois trevos de acesso (diamantes) nos quilômetros 572 e 592, em Nova Mutum.

A retomada da duplicação terá um impacto significativo na economia de Mato Grosso, pois impulsionará o mercado de trabalho e influenciará o valor do frete rodoviário. Durante a execução dessa fase, aproximadamente 530 pessoas serão empregadas e mais de 220 máquinas serão utilizadas.

A obra de ampliação da BR-163/MT faz parte do plano estratégico da Concessionária Nova Rota do Oeste e está em andamento desde 4 de maio, quando houve a troca de controle acionário e o Governo de Mato Grosso, por meio da MT Par, assumiu a gestão do contrato.

Já no primeiro dia, foram assinadas cinco ordens de serviço para iniciar a recuperação da BR-163, BR-364 e Rodovia dos Imigrantes (BR-070), que vai de Cuiabá a Sinop. Também faz parte do plano a incorporação do trecho da BR-364, entre Cuiabá e Rondonópolis, que está passando por obras de recuperação com um investimento mensal de cerca de R$ 4 milhões, e a readequação viária da travessia urbana de Sinop, onde serão construídos dois viadutos, com início previsto para o segundo semestre de 2023.

Historicamente, o trecho de 850,9 quilômetros da BR-163, entre Itiquira e Sinop, está sob concessão privada desde 2014.

A Concessionária Rota do Oeste era responsável pelo contrato, mas suspendeu as obras de duplicação em abril de 2016, devido à recusa dos bancos públicos em conceder financiamento de longo prazo naquela época.

 

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