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Especial Hanseníase: O preconceito e impacto psicológico da doença


Especial Hanseníase: O preconceito e impacto psicológico da doença 2

O preconceito que as pessoas que sofrem com a hanseníase podem gerar vários problemas psicológicos. Muitas dessas pessoas se sentem envergonhadas, com medo e geralmente não contam que possuem a doença.

A técnica em segurança do trabalho Valdirene Furtado, passou por essa situação em seu meio de trabalho. “Uma pessoa comentou comigo e disse “olha você tem que começar logo esse tratamento porque se não você vai passar isso pra todo mundo”. A primeira orientação que eu tive dentro da rede de saúde era que eu não deveria comentar com as pessoas por causa do preconceito”

Não é apenas a Valdirene que sofreu e sofre com o julgamento precipitado das pessoas que não entendem o que é a hanseníase. A falta de informação acarreta em vários outros problemas muito sérios.
Conforme o psicólogo Leandro Denardi, a falta de conhecimento sobre a hanseníase é o causador do preconceito. “É justamente a desinformação que leva o preconceito, que traz o medo, a insegurança e a desconfiança”.

De acordo com o psicólogo, toda essa problemática pode desencadear na perda da interação social, relacionamento familiar, muitas vezes chegando até ao suicídio. “Muitas vezes a pessoa acaba tendo uma perda, uma baixa alta estima, um desânimo em desenvolver as atividades que normalmente ele desenvolvia, por conta dele não se enxergar bem, ou dele se preocupar demasiadamente com o que o outro pode pensar dele.”, completa Denardi.

Além dos efeitos colaterais dermatológicos que a doença causa, o psicológico também fica muito abalado, isso porque o preconceito ainda é muito grande. “Quando ela é visivelmente detectada pelas outras pessoas, sem dúvida ela atinge o indivíduo de uma forma mais severa, onde ele tende a se esconder, não querer sair, fazer suas atividades, muitas vezes tem medo de abrir o problema que ele tá passando, de contar pra outras pessoas, justamente por medo de que essas pessoas vão vir a se afastar dele, até mesmo medo de perder o emprego”, comenta Leandro.

É nesse momento que os colegas, amigos e principalmente a família apoie e dê todo o suporte que a pessoa que sofre com Hanseníase precisa. “Eu diria que é imprescindível. Quando a pessoa se sente parte de um grupo, de uma sociedade, ela se sente mais satisfeita, mais segura, aquele medo, tristeza, desânimo ao ter o diagnóstico da doença, ela passa a se sentir mais vigorosa e mais encorajada a lidar com o problema”

Valdirene ainda sente o peso que é tudo isso, e pra ajudar outras pessoas já tem planos pro futuro. “Eu tô buscando lançar um blog, um canal na internet, pra falar sobre isso, pra que outras pessoas não passem pelo o que eu passei. Pra quando as pessoas chegarem em um diagnóstico desses, elas tenham ideia do que vai passar e como vai ser”, conclui Valdirene.

 

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