Casos de dengue diminuem 96% em Sinop no 1º semestre de 2020

Os casos confirmados de dengue em Sinop diminuíram 96,2% entre os meses de janeiro e julho de 2020. Os dados são do Centro de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o relatório, em janeiro foram registrados 1.824 casos, em julho foram 69.

Fevereiro foi o mês com mais casos registrados, 1940. Em março, início da pandemia do coronavírus, foram 908. O mês seguinte, abril, foram confirmados 308 casos de dengue em Sinop. Já em maio houve um aumento e o número de registros chegou a 491. No mês de junho voltou a cair, pois foram registrados 248.

Uma comparação entre o mês de janeiro de 2020 e 2019, mostra que neste ano houve um aumento de 1000% no número de casos em relação ao ano passado. Relembre aqui

Entre os fatores que contribuíram para a redução dos casos é o período de estiagem, que representa uma queda entre 15% a 40% nos índices. Outro ponto que contribuiu, é que por conta da pandemia os agentes não podem entrar nas residências para registrar os focos ali existentes, mas vale ressaltar que os números apresentados anteriormente são de casos confirmados da doença e não de focos.

Entre as ações realizadas pelo Centro de Endemias, estão à contração de 60 novos colaboradores, mutirões de limpeza com o recolhimento de potenciais criadouros, vistorias com drones e a casas fechadas com visitas em horários diferenciados, incluindo os finais de semana.

Durante a pandemia os trabalhos contínuos em pontos estratégicos, bloqueios químicos mediante notificações, atendimentos de denúncias, inspeção em bocas de lobos e também as atividades educativas continuaram sendo realizadas.

O secretário Municipal de Saúde, Kristian Barros, reforça que os trabalhos vão manter-se ativos. “A dengue não é brincadeira, ela mata! Mesmo com a pandemia nossos agentes não pararam de trabalhar, as ações continuaram ocorrendo, porque uma doença não anula a outra. E, agora podemos comemorar essa queda, mas não vamos parar, já existem planejamentos para que novas ações se iniciem antes mesmo que as chuvas comecem”, declara o secretário.

A diretora da Vigilância em Saúde, Theanny Salerno, ressalta que também é de grande valia o apoio das Unidades de Saúde para que o trabalho de bloqueio de caso possa ser realizado com sucesso e assim evitar a proliferação da doença nas imediações.

“A ação conta com todas as unidades, que notificam o Centro de Endemias toda vez que um cidadão suspeita ou contrai qualquer uma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya). A partir daí, uma equipe é direcionada para o endereço que reside o paciente e nesta localidade é feita uma pulverização que alcança aproximadamente 900 metros ao redor do imóvel”, detalha a diretora.

E, o coordenador do Centro de Endemias, Jorge Bevilagua, alerta quanto aos criadouros propícios para o mosquito que ficam despercebidos dentro das residências. “Na seca o Aedes busca sobreviver no interno das casas, porque lá ele ainda encontra água parada, como nos vasos de flores, ralos, pingueira do ar condicionado, reservatórios de água atrás da geladeira e outros. Então, não podemos descuidar em nenhum período”, frisa o coordenador.

Sempre que for necessário denunciar um local que represente potencial criadouro para o mosquito o cidadão deverá utilizar um dos canais para registrar sua denúncia. Em Sinop, está à disposição da população o telefone (66) 3511-1829, o site da Prefeitura de Sinop (clicando-se no atalho que direciona para o site do www.seligasinop.com.br) e o aplicativo Se Liga Sinop. O software é gratuito, podendo ser baixado no celular.

Assim que acionado, o Centro de Endemias realizará a avaliação do risco no local e as medidas cabíveis serão tomadas em até cinco dias úteis. (Com assessoria)