Após estudos, governador pede substituição de VLT

O governador Mauro Mendes solicitou nessa última sexta feira(18), a substituição das obras do VLT pela implantação do BRT em Cuiabá e Várzea Grande.
Foi enviado um oficio para o ministro Rogério Marinho, que também deve analisar a Caixa Econômica e o Conselho Curador do FGTS, já que ambos têm vinculação com o VLT.

Por meio de estudos técnicos foi concluído que o Veículo Leve Sobre Trilhos não era eficaz, pois a conclusão da demoraria cerca de 6 anos, além dos 6 anos que já está em atraso devido a vários fatores, como as irregularidades desde a licitação que já tem vários processos jurídicos, e a delação do ex governador Silval Barbosa que confessou vários crimes ligado a obra, recebimento de propina e salários superfaturado. Com o BRT, a implantação ocorre em até 22 meses, a partir da assinatura da ordem de serviço para início das obras.

ECONOMIA:

A obra do VLT deve custar R$1,4 bilhão para os cofres públicos, em consórcio já foi pago R$1,08 milhão, fora o custo de R$763 milhões que ainda será pago. Para a manutenção do VLT funcionar o valor é de R$23,2 milhões por ano. Já o BRT está orçado em R$430 milhões, com aquisição de 54 ônibus.

O Governo de Mato Grosso também vai entrar com uma ação contra o consórcio para pagar R$676 milhões pelos danos causados. O valor da tarifa do VLT é de R$5,28, e vai diminuir com a implantação do BRT, onde ficou estipulado R$3,04 “impactando decisivamente no custo operacional do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande”.

A demora para a conclusão do VLT pode ocorrer um potencial “conflito regulatório” entre os municípios de Cuiabá, Várzea Grande e o Governo do Estado, pois o município de Cuiabá licitou em 2019, o sistema de transporte coletivo urbano, concessão que tem prazo de 20 anos. Caso implante o VLT, o município teria que indenizar as concessionárias pelos investimentos realizados.

ALCANCE:

Segundo o Governador, o BRT terá mais vantagens à mobilidade da população devido a flexibilidade do projeto, “pois consegue atingir regiões mais adensadas e mais distantes, bem como permite o seu prolongamento no futuro”.

“Além disso, permite também que um ônibus saia de um bairro, entre no corredor exclusivo e, sem qualquer integração, siga a outro bairro distante do corredor estrutural, garantindo conforto e agilidade para o usuário”.

O traçado do VLT é inflexível, já que as maiores atrações de viagens estão há mais de 400 metros dos eixos. “É preciso retornar à solução que, verdadeiramente, funcionará em Cuiabá e Várzea Grande, com os ganhos tecnológicos que atualmente se tem, como são os ônibus movidos a eletricidade fabricados em nosso país. O que era inviável (VLT) não se tornou viável com o passar dos anos. Ao contrário, variáveis como o espraiamento e a diminuição de passageiros nos eixos do VLT, o tornaram ainda mais insustentável”

COMPARAÇÃO VLT E BRT:

Atributos	BRT	VLT
Matriz energética	Eletricidade (bateria recarregável)	Eletricidade (cabos aparentes – catenárias)
Tarifa (exclusivamente do modal)	R$ 3,04	R$ 5,28
Custos para conclusão da obra	R$ 430 milhões (com aquisição de 54 ônibus elétricos)	R$ 763 milhões
Tempo de Implantação	24 meses (ordem de serviço)	48 meses (incluída a preparação da PPP)
Possibilidade de Ampliação da Rede	Fácil	Difícil
Ruídos	Baixo	Baixo
Climatização dos veículos	Sim	Sim
Velocidade	25,02 km/h	21,30 km/h
Número de integrações para o passageiro	Menor	Maior
Número de veículos	54 (incluído 4 reservas)	29 (incluído 3 reservas)
Impacto visual	Zero	Alto (catenárias expostas)
Compartilhamento da infraestrutura pelos demais ônibus	Possível	Impossível
Compartilhamento da infraestrutura por veículos de segurança e saúde	Possível	Impossível
Acessibilidade	Sim	Sim
Número de passageiros transportados/dia	155.181	118.185
Conflito Regulatório (entre os municípios e o Estado e entre os operadores)	Baixo	Alto
Arborização (CPA, Fernando Correa)	Possível (criação de Parque Linear)	Impossível
Implantação de Ciclovia	Possível (av. do CPA)	Impossível
Forma de Contratação	Licitação da obra e dos veículos	Imbróglio para contratação da fabricante dos trens (declarada inidônea pelo Governo do Estado e mantida pelo Poder Judiciário)
Terminais Climatizados	Sim	Sim
Tempo para Publicação de Edital de Licitação das Obras	Maio/2021	Junho/2022
Impacto no Trânsito	Menor	Maior

 

A solução de alterar o VLT para o BRT terá impacto nos cofres do Governo de Mato Grosso, como uma grande redução, além de apresentar mais abrangência e em menos tempo.

 

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