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MATO GROSSO: Empresário é preso por tráfico de mulheres

De acordo com as investigações, o empresário tinha a função de agenciar/ aliciar garotas e mandar para trabalhar como prostitutas em outros países.

 Na manhã desta terça-feira (27), no município de Rondonópolis (212 km da Capital), um ‘empresário’, de nome não divulgado, foi alvo de mandado de prisão e outro de busca e apreensão, cumpridos pela Polícia Federal (PF), na ‘Operação Harem BR’ que apontou o envolvimento do mato-grossense no tráfico internacional de mulheres para fins de exploração sexual.

De acordo com as investigações, o empresário tinha a função de agenciar/ aliciar garotas e mandar para trabalhar como prostitutas em outros países.

Além de Rondonópolis, as cidades de São Paulo/SP, Goiânia/GO, Foz do Iguaçu/PR, Venâncio Aires/RS, Lauro de Freitas/BA também foram alvos da operação. No total foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, as vítimas eram recrutadas numa espécie de seleção pela internet, quanto de forma presencial em ‘agências’ aliciadoras.

O investigado principal da operação, morador de São Paulo, tinha como método recrutar garotas para representarem uma marca de maquiagem, que não pertencia ao acusado, ele era apenas um representante. Ele convidava as vítimas para fazerem fotos e se aprovadas era negociado o ‘trabalho’ de exploração sexual.

No entanto, as vítimas, ao que tudo indica, eram contratadas e tinham conhecimento que viajariam para se prostituírem pelo período acordado no contrato. Porém, há relatos de que no fim do acordo, muitas sofriam pressão psicológicas para ficaram por mais tempo.

Outro ponto importante é o fato de mulheres conhecidas da mídia, como misses, por exemplo, terem sido identificadas como vítimas da organização e estarem trabalhando como prostitutas para este grupo.

“Nesse ponto das investigações é prematuro até que ponto houve esse consentimento e se foi de fato válido e se realmente não houve violência para que fosse consentido”, explicou o delegado.

Todas as ‘vítimas’ apontada nas investigações estão no Brasil e passaram a ser ouvidas a partir desta semana, quando serão detalhados por elas o funcionamento do esquema. Pessoas identificadas por envolvimentos secundários, que contribuíram de forma indireta no crime, também serão ouvidas.

Uma envolvida no esquema foi presa em Portugal, uma mulher é procurada na Espanha. A Interpol (Polícia Internacional) ainda trabalha no cumprimento de prisões na Austrália e Estados Unidos.

As investigações apuraram que os envolvidos na exploração sexual são do Brasil, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Catar e Austrália.

Porém, evidências apontam que adolescentes foram aliciadas e mandadas para se prostituírem no Paraguai.

“É importante lembrar que a exploração sexual de menores de 18 anos, tanto por quem alicia, quanto por quem contrata, é enquadrado como crime hediondo com as consequências das leis para esses tipos de crime que podem levar o condenado até 10 anos de prisão.”, ressaltou o delegado.

Muitos materiais digitais foram apreendidos na residência do empresário, eles serão analisados e, provavelmente, vão apontar novos acusados no crime.

‘Operação Harem BR’

As investigações foram iniciadas em 2019, em inquérito policial instaurado com base em desdobramento da denominada Operação NASCOSTOS, que desarticulou um grupo de estelionatários que praticava fraudes pela internet, mediante a clonagem de cartões de crédito.

No curso dessa investigação (Operação NASCOSTOS), identificou-se que algumas das compras feitas pelos ’empresários’ com cartões clonados foram de passagens aéreas, as quais tiveram como destinatárias duas mulheres que viajaram a Doha/Catar.

Uma vez identificadas, essas vítimas de exploração sexual relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, bem como que receberam as passagens de um empresário que as agenciou para a prática dos atos de prostituição.

(Com Repórter MT)

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