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Polícia conclui inquérito do caso Sara e homem é indiciado por três crimes

Homicídio qualificado por emprego de asfixia, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver, que somados podem chegar a quase 50 anos de reclusão.

A Polícia Judiciária Civil de Sorriso concluiu o inquérito sobre a morte da menina Sara Vitória, estuprada e morta em junho de 2010. O então suspeito foi indiciado por três crimes, sendo homicídio qualificado por emprego de asfixia, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver, que somados podem chegar a quase 50 anos de reclusão.

O homem, de 58 anos de idade, confessou ser o autor dos crimes no dia 08 de setembro de 2020, após 10 anos do fato. Ele foi abordado pelos investigadores da Polícia Civil de Sorriso, que receberam informações de que ele estaria envolvido na situação e teria recém chegado na cidade.

Caso Sara: Após 10 anos, homem confessa estupro seguido de morte
Sara Vitória Fogaça Paim, foi estuprada e morta aos 5 anos de idade. (Foto: Reprodução)

Na mesma semana, o homem também indicou à Polícia Judiciária Civil, onde ele teria ocultado o corpo da criança. Ele foi ouvido e levado até o suposto local em que a pequena Sara teria sido enterrada após ser estuprada e morta por ele. Os policiais acionaram os peritos e outras autoridades para tentar localizar os restos mortais da vítima.

 

 

Escavações

Em um terreno, nas proximidades do Estádio Municipal, os investigadores contaram com o apoio de duas máquinas retroescavadeiras. As buscas pelos restos mortais da criança tiveram duração de três dias, mas sem sucesso. O suspeito disse que teria colocado a vítima em um saco de adubo e enterrado naquela localidade.

Devido aos efeitos do tempo e da estrutura corporal de uma criança, acredita-se que o processo de decomposição possa ter prejudicado. A Polícia também trabalha na hipótese de que o autor do crime esteja mentindo sobre o local. Segundo o delegado que está a frente do caso, Dr. André Ribeiro, o inquérito foi concluído, mas as investigações continuam.

“Uma coisa é o inquérito policial, que eu tenho um prazo de 10 dias para concluir pela lei, mas as investigações evidentemente que continuam. Nós temos ainda que encontrar os restos mortais, se for possível. Então toda vez que nós recebermos uma informação, nós vamos checar e vamos atrás”, disse o delegado.

Trabalho de escavação em buscas do corpo da menina Sara
O trabalho da Perícia também é acompanhado pela imprensa local. (Foto: JK Notícias / Reprodução)

Foram encontrados no local, alguns objetos que seriam supostamente partes de estrutura óssel, mas não apresentaram indícios de serem de humano. A Polícia encaminhou os materiais para a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), que ainda não deu um posicionamento final.

Conforme estabelecido em Lei, o inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público do Estado, ficando a disposição do Promotor de Justiça, que tem um prazo de 10 dias para se pronunciar sobre o inquérito. A partir da resposta judicial, será possível saber se o MPE acata o inquérito ou devolve para que a delegacia faça novas investigações.

 

 

Outras vítimas

Após a repercussão de sua confissão, algumas pessoas foram até a delegacia para fazerem denúncias ao indivíduo, dizendo que foram vítimas de abusos sexuais quando criança, pelo mesmo homem que teria estuprado e matado a menina Sara. Os policiais registraram as denúncias.

De acordo com o delegado, o suspeito também foi ouvido sobre as demais acusações, onde acabou confirmando que teria realmente praticado os crimes.

“Ele foi ouvido sobre esses fatos, confirmou e confessou que de fato abusou dessas pessoas que, na época, eram crianças, hoje são adultos. Então ele vai responder paralelamente a esse caso da Sara, em outro processo. São mais quatro inquéritos policiais que estão tramitando aqui na delegacia, de estupro de vulnerável da época”, pontuou Ribeiro em coletiva de imprensa, realizada na manhã desta quinta-feira (24).

Polícia conclui inquérito do caso Sara e homem é indiciado por três crimes
Delegado André Ribeiro durante coletiva em Sorriso – Foto: Reprodução TV Sorriso

 

 

O Caso Sara

Sara Vitória Fogaça Paim foi dada como desaparecida no dia 1º de junho de 2010, na delegacia da cidade de Sorriso (MT), após ser vista por familiares brincando com outras crianças nas proximidades do Estádio Municipal.

De acordo com as investigações, um homem que trabalhava em uma construção próxima ao local, avistou a criança e teria supostamente oferecido carona em uma bicicleta. O indivíduo acabou levando a vítima até um local desconhecido, onde cometeu os crimes de estupro de vulnerável, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Após o desaparecimento da menina, familiares, amigos e a sociedade entraram em uma força tarefa para tentar localizar a criança. Passaram-se dias, semanas, meses e anos, e a pequena Sara não foi encontrada.

Somente no ano de 2020, em setembro, um homem foi denunciado e preso pela Polícia, onde acabou confessando os crimes contra a criança. Logo após cometer os fatos, ele teria ido morar em um outro Estado, deixando sua família. Após dez anos, ele retornou a cidade de Sorriso, onde foi preso. (93 FM com informações de Estadão MT)

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