Brasil alcança feito histórico nas Paralimpíadas de Paris
Brasil alcança feito histórico nas Paralimpíadas de Paris
País conquistou 25 medalhas de ouro, quinto lugar na classificação geral. A maior delegação enviada a uma edição dos Jogos no exterior acumulou um total de 89 pódios.
O Brasil escreveu um novo capítulo em sua história esportiva ao encerrar os Jogos Paralímpicos de Paris entre os cinco melhores países no quadro de medalhas. A conquista marca um momento de orgulho e celebração para o esporte paralímpico brasileiro.
Com um desempenho excepcional, a delegação brasileira acumulou um total de 89 pódios, incluindo 25 medalhas de ouro. Este resultado colocou o Brasil na quinta posição geral, superado apenas por potências como China, Reino Unido, Estados Unidos e Holanda. O feito é ainda mais notável quando se considera que apenas três países conquistaram mais medalhas no total: China (220), Reino Unido (124) e Estados Unidos (105).
O sucesso em Paris não foi por acaso. Reflete anos de planejamento estratégico e investimento no paradesporto nacional. Em 2017, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu metas ambiciosas, visando entre 70 e 90 medalhas e um lugar no top 8 em ouros. Essas metas não apenas foram alcançadas, mas superadas em Paris, demonstrando o progresso significativo do Brasil no cenário paralímpico mundial.
A delegação brasileira em Paris foi a maior da história em um evento no exterior, contando com 280 atletas. Este número inclui 255 atletas com deficiência, além de atletas-guia, calheiros da bocha, goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. A diversidade e o tamanho da equipe são testemunhos do crescimento e da inclusão no esporte paralímpico brasileiro.
O apoio das Loterias CAIXA tem sido fundamental para este desenvolvimento. Desde 2003, a parceria entre as Loterias CAIXA e o CPB resultou em investimentos superiores a R$ 355 milhões. Este suporte contínuo permitiu que o Brasil se transformasse em uma potência paralímpica, saltando da 24ª posição em 2000 para o 7º lugar em 2021, após os Jogos de Tóquio.
A renovação do patrocínio em 2023, com investimentos de R$ 35 milhões, garante a continuidade deste progresso. O contrato atual viabiliza a manutenção de 67 Centros de Referência em todo o país, beneficiando mais de 3,5 mil atletas, desde a iniciação esportiva até o alto rendimento.
O apoio do banco é o mais duradouro patrocínio a um comitê nacional na história do paradesporto mundial. Além do patrocínio, cerca de 7% da arrecadação das Loterias CAIXA é destinada ao esporte brasileiro, dividida entre ministério, confederações e secretarias. Em 2023, o total distribuído superou R$ 1,6 bilhão. Deste, R$ 223 milhões ficaram com o CPF, enquanto o Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpico (CBCP) recebeu outros R$ 15,8 milhões.
Quem apostar em jogos de futebol ou até no cassino online a partir de 2025 também poderá contribuir para que os recursos do esporte brasileiro cresçam ainda mais. Isso porque a lei que regulamenta as apostas esportivas no país definiu que 36% do que for arrecadado com a taxação das bets será destinado ao Ministério do Esporte e aos comitês esportivos.
Na projeção mais pessimista, a expectativa é que o governo consiga R$ 2 bilhões desta fonte no primeiro ano. Para o esporte, isso significaria R$ 720 milhões a mais em caixa.
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