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Produtores não conseguem colher soja após lavouras ficarem ilhadas com enchimento do reservatório de usina

Produtores rurais não conseguem realizar a colheita de soja em algumas regiões de lavouras em Sinop depois que uma usina hidrelétrica começou a encher os lagos no dia 30 de janeiro. Parte das lavouras estão alagadas e os maquinários não conseguem atravessar as plantações, segundo os produtores.

Um representante da empresa responsável pela usina Sinop Energia, disse em nota que a empresa tem respaldo judicial para fazer os trabalhos de enchimento do lago e fez acordo com 90% dos proprietários e posseiros de áreas atingidas pela água. Já os demais não entraram em acordo e a situação é discutida na justiça.

O agricultor Odone Valentim Possari disse que o resultado da safra foi bom. Ele cultivou mil hectares de soja e, desses, 550 já foram colhidos, chegando a uma produtividade de 60 sacas.

No entanto, ele deve ter prejuízos de mais de R$ 1 milhão durante a colheita, pois parte da propriedade dele está separada pelo Rio Roquete, que deságua no Rio Teles Pires, e o nível da água subiu entre seis e oito metros nos últimos dias.

“Infelizmente a usina deixou 300 hectares ilhados, sem estrada, sem nada, onde vai ser perdido praticamente 100% da produção. Ela [usina] prometeu que só fecharia a comporta depois de feito a estrada ou indenizado a área. Ela não fez nada para nós e nos deixou com prejuízos milionários”, contou.

Segundo o produtor, que também é presidente da Associação dos Produtores do Norte do estado (Apron), a usina teria depositado em juízo apenas a indenização referente as áreas das propriedades afetadas, mas não referente às benfeitorias, como por exemplo, imóveis construídos nessas áreas.

Para chegar até o outro lado da propriedade, o produtor disse que precisa percorrer aproximadamente 700 metros de bote sobre o Rio Roquete. Depois de sair do rio, ele vai até a lavoura para verificar as condições dos grãos que, segundo ele, estarão prontos para colheita em poucos dias.

A expectativa de produtividade nas regiões alagadas é ainda maior que no restante da lavoura. Segundo Odone, a produção é de cerca de 65 sacas por hectare.

A falta de conclusão de uma estrada que começou a ser construída na região para facilitar o acesso nas lavouras, tem prejudicado os produtores. Na estrada, algumas valas dificultam a passagem de veículos. Já a partir de outro ponto, não é possível nem seguir adiante.

“Essa estrada foi prometida porque o Rio Roquete cortou nossas fazendas em duas partes e eles prometeram a estrada para nós ter acesso no fundo da fazenda. Disseram que poderíamos plantar, produzir que não seria fechado a comporta enquanto essa estrada não tivesse pronta”, relatou. (Do G1 Mato Grosso)

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