Lions Clube entrega mais de 5 mil máscaras ao Hospital Regional

Cerca de cinco mil e 700 máscaras de proteção individual foram entregues ao Hospital Regional de Sinop. A iniciativa partiu dos membros associados ao Lions Clube Internacional da cidade, que buscou parceria com algumas costureiras do município, que realizaram o trabalho de forma voluntária, além de 12 profissionais re-educandos da Penitenciária de Sinop.

A entrega ocorreu na manhã desta segunda-feira (4), no próprio hospital, onde as máscaras foram recebidas pela equipe técnica e direção do Hospital Regional de Sinop. São máscaras descartáveis, que foram confeccionadas por re-educandos da Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), de Sinop.

Para o presidente do Lions Clube, Rogério Nakamura de Souza, a avaliação feita durante a atividade, é positiva, onde se destaca o intuito de servir a comunidade local, através dos trabalhos prestados pelo clube de serviços.

“Quando a gente se torna Leão, a gente se torna pensando em servir a comunidade, em ajudar o próximo. Isso é a contemplação, é poder fazer o trabalho de servir. Gostaria de agradecer todas as pessoas envolvidas, seja com doação ou trabalho voluntário”, disse o presidente.

O diretor do Hospital Regional de Sinop, Jean Carlos Alencar, disse à reportagem da 93 FM e TV Cidade Verde, que a unidade está com uma estrutura preparada para atender as pessoas, que possui um estoque razoável de EPIs, e que a ação do Lions acaba refletindo no serviço prestado pelos servidores para possíveis casos de necessidade emergencial.

“Só tenho a agradecer à equipe do Lions que viabilizou os recursos, agradecer ao diretor do sistema prisional, pela oportunidade. Acho que é uma ação social que vai casando com a outra e que vai refletir diretamente aqui no serviço que a gente presta na unidade. O hospital tem hoje, um estoque razoável de EPIs, pra demanda atual a gente está relativamente abastecido”, disse o diretor do Hospital.

De acordo com informações, apesar do estoque que o hospital possui, várias unidades de saúde estão passando por dificuldades em encontrar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) no mercado, e quando são encontrados já estão em um valor relativamente alto, se comparado há três meses atrás.

Além das máscaras descartáveis produzidas pelos detentos, o Lions Clube conseguiu algumas costureiras voluntárias da cidade, para que fossem confeccionadas mais cerca de três mil peças. No momento em que forem finalizadas, essas máscaras também serão destinadas ao Hospital Regional de Sinop.

No total serão aproximadamente oito mil máscaras, que serão entregues ao Hospital Regional de Sinop. As máscaras serão utilizadas como medida de prevenção a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A distribuição será feita conforma a necessidade, de acordo com o diretor do Hospital Regional, Jean Carlos.

“Existe uma normativa do Governo do Estado, que fala sobre a obrigatoriedade do uso de máscara nos ambientes públicos e privados. Nós vamos  e já estamos disponibilizando para todos os profissionais, seja da área administrativa, da área assistencial, daqueles que estão lidando exclusivamente com o covid-19, assim como também para os pacientes e familiares”, concluiu Jean.

Todo o material foi arrecadado pelos membros do clube, doado por comerciantes, associados e pessoas comum da sociedade. Na penitenciária, foi necessário o trabalho de 12 re-educandos, que se tornaram profissionais da costura, através do trabalho social. Além desta ação, eles já produzem outros itens para a própria instituição.

Roupas para os próprios re-educandos e também para os Agentes Prisionais, são produzidas pelos 12 costureiros. Trata-se da primeira turma de homens, que fizeram aula de costura com a agente prisional Roseli Benício, que já possui uma longa experiência com a arte de costurar.

“Foi muito gratificante. A princípio a gente viu a necessidade de ter uma confecção aqui na penitenciária, e a gente já tinha umas máquinas, então faltava eu passar pra eles para que pudessem desenvolver. A princípio eu fiquei apreensiva, porque eu nunca tinha pegado uma turma masculina de costureiros, e foi uma surpresa porque eles se desenvolveram bem mais rápido do que eu imaginei”, disse a professora.

De acordo com o diretor da penitenciária, Roni de Souza, a experiência e o aprendizado ficarão no currículo dos re-educandos, que passam a ser profissionais da costura, onde poderão exercer a profissão no mercado de trabalho futuramente.

“Nenhum deles tinha essa profissão, passaram por uma capacitação. Além deles poderem estar ajudando, conseguiram também mais essa profissão para o currículo deles, que poderão estar exercendo, futuramente, no mercado de trabalho”, concluiu o diretor da penitenciária, Roni de Souza.

Foram dois meses de aprendizado, onde os re-educandos foram preparados para o trabalho. José Magalhães Pinheiro, é o diretor executivo do Conselho da Comunidade, responsável pela intermediação entre o Lions Clube e a Penitenciária. De acordo com Magalhães, os re-educandos já produziam outras peças para a própria penitenciária.

“Os meninos que trabalham aqui já produziam camisetas, uniformes penitenciários, uniformes para o próprio conselho, para os re-educandos que trabalham na prefeitura e também as máscaras que os próprios servidores utilizam na unidade penal”, disse o Diretor do Conselho da Comunidade.