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Empresária apagava código de rastreio quando morreu em explosão

A investigação apurou que a supressão dos códigos foi feita para evitar que o material fosse rastreado e pudesse, assim, ser vendido no mercado clandestino; acesse e relembre o caso que ceifou vidas e deixou feridos em garimpo de MT.

A Polícia Civil em Guarantã do Norte já realizou diversas oitivas que possam esclarecer as circunstâncias da explosão que ocasionou a morte da empresária, de um homem e deixou ferimentos graves em outras três pessoas, em um garimpo do município, no dia 20 de agosto. Foram ouvidos trabalhadores que estavam no local e apurada a informação de que os explosivos apreendidos tinham outro destino e estavam no garimpo clandestinamente.

O delegado que preside o inquérito, Victor Hugo Caetano Freitas, está reunindo informações e laudos técnicos para esclarecimento da explosão e as responsabilidades sobre o incidente e o material explosivo encontrado no local. Foram apreendidos pela Polícia Civil 300 quilos de emulsão de dinamite e mais de mil metros de cordel detonante no garimpo.

Conforme a apuração realizada até o momento, a empresária e as outras pessoas que estavam no garimpo no momento da explosão manuseavam um solvente inflamável (Thinner) para apagar os códigos de rastreio que constam nas emulsões e nos cordéis detonantes. Os códigos são obrigatórios em todo material explosivo e servem para rastrear a carga desde a origem até o destino final do material  que tem o uso controlado pelo Exército Brasileiro.

A investigação apurou que a supressão dos códigos foi feita pela empresária e demais pessoas, para evitar que o material fosse rastreado e pudesse, assim, ser vendido no mercado clandestino.

“As cargas de dinamite não deveriam estar em Guarantã, foram movimentadas clandestinamente. O rastreio desse tipo de carga tem uma rota traçada, não pode ser desviada”, explicou o delegado Victor Hugo, sobre o caso que matou a empresária e outro homem.

Explosão 

O atrito entre o solvente e o cordel ocasionou a explosão, contudo, estas informações serão confirmadas com o laudo da Perícia Oficial do Estado. Duas ou três bananas de dinamite também explodiram e as pessoas que estavam mais próximas do material sofreram os danos fatais. O cordel é flexível, com um núcleo de material explosivo, e pode ser utilizado para iniciar explosivos como reforçadores, encartuchados e bombeados e como linha mestra para iniciar detonadores não elétricos.

Morreram na explosão a empresária Daniella Trajano Dalffe, de 28 anos, e presidente de uma cooperativa de garimpeiros, Mário Lucier Caldeira, de 49 anos. Outras três pessoas sofreram lesões graves e queimaduras.

O delegado Victor Hugo ressalta que se houvesse a explosão das emulsões de dinamite, a tragédia poderia ser de maiores proporções.

“O cordel é um material mais sensível e no atrito com o solvente químico houve a reação. Ocorreu a explosão de duas ou três dinamites, mas se houvesse explodido mais, teria ocorrido uma hecatombe”, afirmou.

Relatórios do Exército Brasileiro sobre o rastreio do material explosivo e o da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, sobre a detonação da dinamite e dos cordéis, serão anexados ao inquérito policial e vão subsidiar a investigação.

Na próxima semana, o delegado vai ouvir o proprietário da empresa que comercializou o material explosivo e uma das pessoas que estava presente no local no momento da explosão.

Detonação 

Uma equipe da Divisão Antibombas, da GOE, foi a Guarantã do Norte no dia seguinte, após a explosão no garimpo, para fazer a detonação do material apreendido pelas equipes policiais.

Após levantamento criterioso do material e de procedimentos de segurança para que as equipes policiais pudessem dar continuidade às diligências investigativas no garimpo, a equipe da GOE fez a  detonação, com segurança, dos 300 quilos das emulsões de dinamite e dos cordéis, em uma área na região rural de Guarantã do Norte.

Empresária apagava código de rastreio quando morreu em explosão
(Reprodução)

(Com Gazeta Digital)

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