Em 2 semanas 8 mortes são registradas em Sinop e Delegado aponta possível relação com facção

Em duas semanas oito homicídios são registrados em Sinop

Nas últimas duas semanas, foram registrados oito mortes na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil. Além dos homicídios, um homem foi encontrado morto com indícios de suicídio, no Rio Teles Pires, e uma ossada humana foi localizada nesta segunda-feira (6).

Do total, até o momento, dois homicídios já foram elucidados pela Polícia, sendo um deles, sobre um homem que foi encontrado morto à pauladas, onde três pessoas foram presas pela Polícia Militar.

O crime registrado contra à criança, de 11 anos, ainda não foi esclarecido mas a Polícia está trabalhando nas investigações, para apurar o que teria motivado o disparo da arma de fogo, que matou o garoto. A informação é de que o pai da vítima estaria foragido, podendo ter, supostamente, alguma ligação com o crime.

Em entrevista à 93 FM, o delegado do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), Dr. Bráulio Junqueira, disse que a criança não era o alvo do disparo e que, possivelmente, o alvo seria o pai.

“Tirando a criança, que deu uma repercussão muito negativa e grande na cidade, ela não era o alvo, o alvo era o pai dela (da criança), inclusive ta foragido. Também teve o caso dos primos que se esfaquearam. O que a gente pode constatar é que, tirando esse caso específico dos primos, quase todos os crimes relacionados com o tráfico de drogas, com exceção à criança, mas vamos colocar como sendo o pai dela”, disse o delegado.

Imagem ilustrativa de sirene de Polícia. (Foto: Reprodução)

De acordo com o delegado, os crimes podem ter ligação diretamente com facções e organizações criminosas, que exigem supostamente uma porcentagem na venda de entorpecentes, por seus membros.

“O que vem acontecendo aqui na cidade, é que essa organização, eles meio que dominaram a situação do tráfico de drogas e exigem, além da filiação, que seja paga uma taxa pra eles. E quando não é paga essa taxa e a droga é vendida sem o consentimento, e não é repassado nada, vem uma ordem pra executar, é o que chamam no mundo do crime”, finalizou o delegado, dizendo que é utilizado o termo de ‘cabritagem’.

Segundo o delegado, a maioria dos criminosos que comandam as facções já estão presos, porém é necessário provas para que possa ser realizada a detenção dos suspeitos de executarem os crimes.

“A maioria de quem chefia já ta preso, mas continuam tendo acesso e passam informações. Nós já temos informação, já temos conhecimento de quem ta determinando essas mortes, esse cidadão ta solto, ele é foragido e tem vários mandados de prisão. A ordem nós sabemos de quem ta vindo, agora a gente precisa somente coletar provas para chegar nos executores efetivamente que cumpriram a ordem da morte desse cidadão ai, que tá foragido”, concluiu Bráulio.

A Polícia Judiciária Civil continua com os trabalhos investigativos, para chegar ao esclarecimento dos crimes registrados em Sinop. O trabalho pode ser realizado com apoio das demais forças de segurança, como a Polícia Militar e também a população, através de denúncias.

Foi disponibilizado um telefone para denúncias, onde o cidadão pode ligar ou mandar mensagem de WhatsApp, sem se identificar. O número do celular para denúncias é (66) 9 9994-5837, ou o fixo (66) 3532-0067.

 

É possível acompanhar a entrevista completa no áudio abaixo, feita pelo repórter Ednaldo Lobo.

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