PANTANAL: Projeto sinopense ganha destaque internacional

Em 2020, o Pantanal ganhou destaque internacional e ficou marcado por mistérios, catástrofes e polêmicas. Com aproximadamente 30% do bioma destruído, o tesouro nacional ardeu em chamas. Com secas severas e incêndios criminosos, a saúde da maior planície alagável do mundo, nunca mais se tornou a mesma.

Preocupados com o Pantanal e para evitar a piora da situação, um grupo de pesquisadores, desenvolveu um dispositivo, capaz de auxiliar na detecção em tempo real de princípios de incêndio, dessa forma, facilitando e contribuindo para uma maior agilidade nas ações da equipe do Corpo de Bombeiros.  O projeto vem sendo encubado pela AMEA (Associação Mato-Grossense de Educação Ambiental).

O projeto, que é 100% de origem sinopense, vem enfrentando dificuldades em conseguir verba para  a implantação do dispositivo no Pantanal, qual, foi a principal fonte de inspiração dos cientistas responsáveis.

Apesar de não ganhar o devido reconhecimento no seu estado de origem, o dispositivo ganhou grande destaque no exterior, chamando a atenção de pesquisadores americanos e cientistas da NASA

O departamento de jornalismo da 93FM, recebeu nas dependências da rádio, a presidente e o diretor de projetos da AMEA, Agnéia Siqueira e Rodolfo Fares Paulo. Em entrevista, eles relataram que que o projeto já é de conhecimento de alguns deputados estaduais, e deve ser apresentado na assembleia legislativa em breve.

Questionados se houve alguma justificativa do governo de Mato Grosso, para até o momento não terem firmado parceria para o desenvolvimento do projeto no estado e para a implantação no Pantanal, eles disseram que não sabem se o Governador Mauro Mendes, já tem o conhecimento sobre esse dispositivo desenvolvido pela AMEA.

“É importante quando você fala nessa questão de verba, verificar se o valor que estamos pedindo para o projeto, o valor então que foi orçado mediante de todas as tabelas de aparelhos que serão implantados, é bem menor daquela que é gasta com toda aquela catástrofe, depois que acontece.

Então o valor de R$ 3 milhões, que estamos aguardando para o projeto, não nos chegou, e eu acredito que o governador do estado, ele não tem conhecimento ainda do projeto.

Foi enviado então, nós estamos no aguardo acredito que essa semana ainda terão algumas resoluções que ele nos receberá, ou algo nesse sentido. Foi manifestado pelo deputado Dilmar Dal Bosco, o interesse de uma reunião com o governador juntamente com a secretaria do meio ambiente para que nós pudéssemos expor para ele, toda essa questão do projeto, para que então seja aprovado”, disse Agnéia.

Apesar disso, o projeto despertou o interesse da Califórnia. Segundo a presidente da AMEA, após ser instalado no Pantanal, o projeto será apresentado na Casa Branca, de uma forma conclusa para o Governo Americano.

“O interesse é implantar primeiro aqui, porque esse projeto foi desenvolvido para o pantanal, nada mais justo que o Pantanal receba então esses dispositivos, como uma forma de cuidar, então depois que seja expandido a ideia para outros países. Pelo que tudo indica, o primeiro país a ser instalado, depois daqui do Brasil, será então os Estados Unidos”, completou a presidente da AMEA.

Como funciona o dispositivo sinopense:

Com 9 sensores, ele mede a umidade do solo, a umidade do ar, temperatura, velocidade e direção do vento. Possuindo uma inteligência artificial, ele coleta informações, que realiza uma espécie de estudo com as informações coletadas, para poder então  transmitir um parecer para aquela determinada região. O dispositivo possibilitará um aviso da situação pré, durante e pós fogo. Portanto irá tentar prevenir, mostrar quando acontece e auxiliar quando já aconteceu.

Leia também- Conta De Luz Fica Mais Cara Em Todo O País A Partir De Maio

Acompanhe essa e outras notícias no Jornal da 93FM