Em menos de um semestre, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Mato Grosso, chegou a R$ 191 bilhões, conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O montante é superior ao obtido em todo o ano passado, que encerrou com R$ 149 bi.
O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano, mês a mês e corresponde ao faturamento bruto dos produtos do setor.
O desempenho mato-grossense perpetua o estado na primeira posição em nível nacional, com 17,2% do VBP total. Em segundo lugar está o Paraná, com 13,2%, seguido por São Paulo (11,2%), Rio Grande do Sul (10,8%) e Minas Gerais (10%).
Avanço que de acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, demonstra a expertise do estado quanto à agropecuária.
“Temos crescido muito em produção ano a ano, o que corrobora a posição que temos no ranking brasileiro. Mato Grosso tem evoluído tecnologicamente e isso se reflete nos números do VBP”, destaca Miranda.
Nos últimos dez anos, Mato Grosso apresentou um crescimento no Valor Bruto da Produção na ordem de 75%; a soja e o milho produzidos no estado obtiveram, entretanto, um incremento mais expressivo para o mesmo período: o VBP da soja avançou cerca de 155% e o do milho aproximadamente 312%, conforme dados são do Observatório do Desenvolvimento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec-MT).
A estimativa do Mapa é fechar este ano com VBP de R$ 1,11 trilhão. O resultado recorde é 11,8% superior ao ano de 2020, que foi de R$ 993,9 bilhões. Os cálculos foram realizados em maio.
Já o valor VBP das lavouras tem expectativa de chegar a R$ 765.4 milhões em 2021, com crescimento de 15,8% em relação a 2020 (R$ 660.8 bilhões). Juntos, as lavouras e pecuária obtiveram em 2021 o valor mais elevado em 32 anos.
A soja, um dos principais produtos de exportação brasileiro, deve ter VBP das lavouras calculado em R$ 765.4 milhões em 2021, com crescimento de 15,8% em relação a 2020.
De acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no mês de maio deste ano, Mato Grosso, o maior produtor brasileiro de soja, teve produção de 35,947 milhões de toneladas, com 10,294 milhões de hectares de área plantada e produtividade de 3.492 kg/ha.
Já o segundo colocado em produção da oleoginosa, o Paraná, com volume bem inferior a Mato Grosso, alcançou a produção de 19,872 milhões de toneladas, com área plantada de 5,618 milhões de hectares e produtividade de 3.537 kg/ha.
Com assessoria
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]]>Agricultores familiares do município de Sinop estão diversificando a produção de sua propriedade com o cultivo irrigado de melancia em pequenas áreas. Com a previsão de colher 42 toneladas do fruto, em um hectare, os proprietários garantem todas as qualidades que o consumidor procura.
O agricultor familiar Pablo Rieger (28 anos), juntamente com a sua mãe, Maria Marta Wolfart (54), são proprietários da Chácara Foz do Iguaçu, em Sinop. Eles estão colhendo, nesta safra, melancia com o peso médio de 14 quilos. Esse é o segundo ano que a família cultiva melancia na propriedade.
Pablo conta que o ano passado plantou numa área de cinco mil metros quadrados e obteve uma produtividade de 21 toneladas de melancia. A chácara possui uma área de seis hectares. De acordo com o agricultor, a produção da época foi vendida por R$ 0,92 o quilo e este ano o preço pode chegar a R$ 0,95 o quilo.
“Plantamos no período da seca para ter uma boa rentabilidade e garantir bons preços com a venda do fruto”, explica.
Há pouco tempo, os produtores plantavam quiabo, abobrinha verde e pepino e entregavam para o comércio do município. Rieger fala que com a pandemia do novo coronavírus muitos restaurantes diminuíram drasticamente o movimento e por consequência, a aquisição de produtos.
A fruticultura foi mais uma opção para driblar a crise e está se tornando a atividade principal na propriedade da família. Além da melancia, os produtores estão investindo no cultivo irrigado do maracujá, abacaxi e mamão. A comercialização dos frutos é feita in natura e também industrializada com a venda de polpa.
“Mudar para a fruticultura foi uma alternativa viável para geração de renda, promoção do bem-estar e da qualidade de vida. Estou muito satisfeito em implantar essa atividade na propriedade e no próximo ano, vamos ampliar o cultivo de melancia”, esclarece.
Com a previsão de colher 80 toneladas de melancia numa área de dois hectares, os agricultores Deocleciano Rodrigues da Silva (55), e sua esposa, Luciana da Silva (47), do Sítio Nona Janda, localizado no Assentamento Wesley Manoel dos Santos, estão plantando pelo segundo ano consecutivo e a colheita será realizada no começo do mês de setembro.
Eles esperam retirar frutos com um peso acima de 12 quilos.
No ano de 2019, os produtores plantaram em meio hectare e atingiram na primeira safra uma produtividade de 25 toneladas de melancia. Conforme a produtora Luciana, esse cultivo foi importante para adquirir experiência e conhecer a variedade Colt que tem um ciclo de 80 dias. O resultado foi positivo tanto na produção quanto no retorno financeiro.
“Nossa intenção é continuar com o cultivo irrigado de melancia no período da seca. Essa fruta veio pra ficar”, explica.
Proprietários de uma área de 140 hectares, os produtores do Sítio Nona Janda, plantam soja, milho e possuem criação de frangos e outros. A diversificação na propriedade é uma opção para ter rentabilidade, isso faz com que o trabalho seja realizado todos os dias da semana, de segunda-feira a domingo.
A produtora Luciana destaca que seu maior desejo é tornar o sítio ainda mais produtivo e que estão trabalhando diariamente para que isso aconteça de fato. O engenheiro agrônomo da Empaer, Thiago Tombini, fala que os produtores de Sinop estão animados com a produção de frutas sendo mais uma opção para gerar renda na propriedade rural.
Ele explica que os produtores atendidos pela Empaer receberam a tecnologia e informações que auxiliou na correção do solo, introdução de materiais mais produtivos, gestão financeira da atividade, pontuando cada caso para obter produtividade e lucratividade.
“Com orientação técnica, o produtor pode produzir, diversificar e garantir renda e lucro para a sua família”, salienta.
Apreciada pelo sabor doce, leve e com mais de 90% de água em sua composição, a melancia com variedade precoce fica pronta para a colheita de 80 a 100 dias depois do plantio. Tombini fala que cada pé pode produzir até 30 quilos da fruta e em um hectare, o produtor pode colher de 20 mil a 50 mil quilos.
Essa variedade precoce apresenta planta vigorosa com alto enfolhamento, alto rendimento, excelente sanidade e fácil frutificação. O peso pode chegar até 15 quilos e possui boa tolerância a queimaduras de sol e ao transporte. (Com Rosana Persona / Empaer-MT)
]]>A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar o ano de 2020 em 250,5 milhões de toneladas. Caso a estimativa de safra feita em julho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se confirme, a produção será 3,8% superior à registrada em 2019, ou seja, 9 milhões de toneladas a mais.
A estimativa de julho é 1,3% superior ao levantamento do IBGE feito no mês anterior. A área a ser colhida neste ano, de acordo com a estimativa, é de 64,9 milhões de hectares, ou 2,6% acima da área de 2019.
Entre as principais lavouras de grãos do país, são esperadas altas em 2020 nas safras de soja (5,9%), arroz (7,3%), trigo (41%) e sorgo (6,4%). O algodão herbáceo deve manter a produção de 2019. São esperadas quedas no milho (0,8%) e feijão (4%).
São esperadas altas para a cana-de-açúcar (2,4%), assim como o café (18,2%) e a laranja (4,1%).
Por outro lado, estima-se quedas nas safras de batata-inglesa (10,6%), banana (5,2%), tomate (5%), mandioca (0,3%) e uva (0,3%). (Vítor Abdala / Agência Brasil)
]]>O Governo do Estado e o Serviço Nacional de Aprendizagem em Mato Grosso (Senai-MT) firmaram uma parceria para a produção de 5 milhões de máscaras hospitalares, com a entrega de 1 milhão de máscaras por mês.
A parceria foi anunciada na tarde desta terça-feira (07.04), durante transmissão ao vivo na sede da Fatec/Senai em Cuiabá.
Para dar cabo a esta produção, o Governo do Estado vai custear o salário de 200 trabalhadores e arcar com as despesas dos insumos necessários para a produção, como os tecidos e aviamentos.
Já o Senai disponibiliza a estrutura da oficina de produção, assim como todos os equipamentos necessários.
“Todo o trabalho que está sendo feito é para ter 100% das EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para os profissionais de saúde. As primeiras 500 mil máscaras vamos destinar aos hospitais municipais que estarão atendendo pacientes de covid-19. As demais vão para as unidades de Saúde do Estado”, explicou o governador Mauro Mendes.
Para Mendes, essa parceria vai ser importante para que os profissionais de saúde de todo o Estado possam ter os equipamentos necessários para atender os pacientes de Coronavírus.
“Agradeço ao Senai, à Fiemt, e a todos os parceiros que têm colaborado com o Governo nesse momento delicado”, afirmou o governador, que já presidiu o Senai e a Fiemt.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, relatou que os profissionais contratados são alunos e ex-alunos dos cursos de qualificação do Senai.
“São 100 profissionais trabalhando por turno. Uma equipe trabalha de dia e outra à noite. O grande desafio no mundo todo é a aquisição de máscaras e por isso a importância de termos uma produção local. O Senai já tinha um banco de contatos de costureiras e costureiros que fizeram cursos de qualificação e as máquinas que havíamos usado para os cursos estavam paradas. Então reunimos as 100 máquinas aqui para concentrar essa estrutura de trabalho”, afirmou.
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, ressaltou que a produção de máscaras nessa escala deve suprir de maneira satisfatória a demanda existente em Mato Grosso.
“Agradeço muito a parceria do Senai pelo esforço que está sendo feito em nos ajudar nesse momento. Há uma grande dificuldade no Brasil todo para a aquisição de EPIs”, reforçou.
Também participaram do anúncio os secretários Mauro Carvalho (Casa Civil), Alberto Machado (Gabinete de Governo) e o deputado estadual Carlos Avalone. (Da assessoria)
Veja essa e outras notícias que foram destaques no Jornal da 93 nesta quarta-feira (8):
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Os produtores rurais do Brasil atingiram um novo recorde para a série histórica, iniciada em 1989, com o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), que encerrou 2019 com R$ 630,9 bilhões. No ano anterior foram 2,6% abaixo, já em 2019 as lavouras geraram um valor de R$ 400,1 bilhões, sendo que a pecuária gerou R$ 219,8 bilhões.
Para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o valor que chegou mais próximo disso foi o VBP de 2017, com cerca de R$ 627,1 bilhões. Apesar da redução de 0,5% nas lavouras, o faturamento do milho apresentou um bom desempenho, de acordo com o departamento de Financiamento e Informação.
Também teve um desempenho excepcional, a pecuária, com crescimento real de 9%, ainda com base nas informações do Departamento de Financiamento e Informação, da Secretaria de Política Agrícola.
Os produtos que mais se destacaram foram algodão, milho, amendoim, banana, batata-inglesa, feijão, mamona e tomate. “Esses lideraram o crescimento, e, juntamente com a pecuária, foram responsáveis pela elevada geração de renda na agricultura”, diz a nota.
Para o ministério, pode-se atribuir como força propulsora do crescimento, em grande parte, o aumento das vendas para o mercado internacional, que nos últimos meses de 2019 teve forte impacto na alta da pecuária – destacam-se a expansão das exportações de carne bovina, suína, frango, bem como o aquecimento do consumo interno de ovos.
Arroz, café, cacau, mandioca, soja, trigo e cana-de-açúcar tiveram desempenhos desfavoráveis entre as lavouras analisadas. A previsão é que algumas continuem nesse patamar em 2020, mas outras apresentem recuperação, como a soja e o café.
Os dados regionais mostram que os estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás lideraram a participação no VBP no ano de 2019.
Os indicadores de safra e de preços agrícolas mostram estimativas preliminares para o VBP de 2020 em R$ 674,8 bilhões, 7% superior na comparação com o de 2019.
As lavouras têm previsão de crescimento de 4,6% e a pecuária, 11,3%. Entre os produtos que apresentam melhor previsão de crescimento estão o café e a soja, que devem ter ganhos de 37,6% e 15%, respectivamente.
O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. Ele é calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil.
O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getulio Vargas. A periodicidade é mensal. (Com Agência Brasil)
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