Policia Militar de Sinop se pronuncia sobre morte de adolescente

O caso ganhou repercussão nas redes sociais, devido alguns questionamentos feitos acerca dos relatos da ocorrência. Hoje, o Comando Regional se pronunciou sobre a morte, do adolescente de 17 anos. Confira na integra!!!

O comando regional da Policia Militar se pronunciou sobre a Morte do Adolescente de 17 anos, identificado como Bruno Eduardo Ranov. O fato ocorreu no final da tarde do dia 31 de dezembro, e os disparos foram efetuados pela guarnição da Polícia.

O Tenente Coronel Costa Silva, representando o 03º Comando Regional de Policia Militar, convocou a imprensa para dar o pronunciamento sobre o caso envolvendo a guarnição.

Como instituição do estado, estamos aqui para atestar nossa justificativa. Segundo o militar, hoje é anunciado a instauração de um Inquérito Policial, para apurar a situação desta ocorrência.

“Tão logo que tomamos conhecimento dos fatos, na pessoa do 11° Batalhão, Tenente Coronel Pedro, que de pronto determinou que fizesse todas as diligências necessárias, inclusive ele mesmo esteve diligenciando nessa ocorrência policial fatídica, de pronto ele adotou todas as providências conforme reza o nosso código penal militar, referente a crimes contra a vida.
E hoje estamos aqui para dizer a toda sociedade de Sinop, a toda imprensa, que nós estamos instaurando o competente inquérito policial militar, afim que desse instrumento, que além dele nós tenhamos a verdade sobre o que de fato ocorreu no dia 31 de dezembro do ano passado.”

Foi questionado pelas imprensas, sobre os fatos que foram apresentados, na qual o Tenente reforçou as informações que foram repassadas ao comando. Tenente Coronel Costa Silva informou que não houve perseguição policial, e sim acompanhamento.

 

“Os policiais alegaram aquilo que eu acredito que a imprensa já tenha conhecimento, por meio do inquérito policial militar , onde eles narraram que eles estavam em diligências e teriam sido abordados por uma pessoa, que relatou uma ocorrência de roubo, onde que de posse das informações, a equipe policial não só irradiou para as demais equipes que estavam no plantão, mas também em diligências identificaram e localizaram os dois, o condutor da motocicleta e o passageiro, onde que de posse dessas informações, que  já haviam recebidos da vítima, e com base nas característica das vestimentas que eles estavam, fizeram um acompanhamento policial.”

 

“Não há que se falarem em perseguição policial, houve um acompanhamento pela equipe onde foi erradicado pelo 190, as demais equipes que estavam no serviço as informações dos dois indivíduos. Posteriormente houve uma abordagem feita após de meios sonoros e luminosos, que não foi de pronto acatado pelos dois da motocicleta e logo em seguida houve a abordagem policial e teve todo esse desdobramento que nós estamos aqui para prestar as informações”

O substituto falou também sobre a situação dos disparos, e frisou a importância do inquérito policial para as informações.

 

“O disparo inicialmente como eu disse, conforme consta o Boletim de Ocorrência, ele se deu em razão de um dos policiais entender que um dos ocupantes da motocicleta, trazia consigo algo na região da cintura, e o policial deduziu que ali naquele momento de fração de segundos entendeu que poderia ser uma arma de fogo, onde ele utilizou se valer da sua arma de fogo para repelir uma injusta agressão contra a equipe policial.”

“Quem vai dizer, responder essa pergunta que vale um milhão, é exatamente o inquérito policial militar, toda e qualquer afirmação nossa nesta coletiva de imprensa, seria qualquer leviandade da nossa parte, um pré julgamento, um pré conceito sobre a ação tanto dos policiais quanto os condutores da motocicleta”

 

Na coletiva de imprensa, também foi informado sobre o atendimento da guarnição que encaminhou o adolescente ao Hospital Regional.

“Existe um ordenamento jurídico que os senhores da imprensa, que o bem mais tutelado do direito, de todos os direitos das nações constitucionalistas é a vida, o maior bem tutelado pelo estado é a vida, então aquele momento em que houve a intervenção policial, ouve um disparo de arma de fogo, identificou se ali que uma pessoa estava entre a vida é a morte, entendeu a equipe policial, noticiado pelo boletim de ocorrência, por conduzi-lo até a unidade de saúde próxima, até porque estávamos próximo ao hospital regional, local onde ele foi socorrido.”

“Então naquele momento a equipe centrou esforços para preservar aquele bem maior, a vida daquele que foi alvejado e o outro indivíduo ele posteriormente por outras equipes policiais conseguiu localiza-lo e ele também consta no bojo das informações preliminares do inquérito do boletim de ocorrência, ele foi qualificado e oportunamente será ouvido em nosso inquérito policial militar.”

 

“O nosso objetivo como instituição policial militar é trazer a verdade sobre o ocorrido e essa verdade, ela vai estar no bojo do inquérito policial uma vez que não de pronto, hoje tão logo recebemos a informação do comandante do 11º que diligenciou preliminarmente com todas as informações, determinou as perícias, determinou as armas, a inquirição dos policiais preliminarmente, mas agora estamos diante de uma outro fato, afim que de nós consigamos trazer essa verdade para a sociedade.”

“Nós também temos interesse enquanto instituição permanente do estado de trazer essa verdade, nós também precisamos saber o que se deu naquele cenário, naquele teatro da situação, envolvendo inclusive os nossos policiais, policiais que diga de passagem pessoas que são da sociedade, que saíram de manhã de casa para trabalhar em prol da nossa sociedade de Sinop, e que tinham a certeza, ou pelo menos a expectativa de que ao final da sua jornada de trabalho, eles estariam de retorno para os seus lares com a sua família a fim de que pousassem no seu período de folga e junto aos seus.”

 

Infelizmente a gente teve essa situação, onde que reside a verdade sobre isso, nós também não sabemos. Hoje eu vi alguns colegas da imprensa, falando sobre a questão de onde está a verdade, nós queremos a verdade é que nós teríamos esse momento, inclusive quero reiterar mais uma vez, agradecer a vocês. Mas eu realmente não consigo neste momento, ter essa verdade. Ela só vai aparecer no decorrer das investigações, no decorrer do inquérito policial nós já determinamos a instauração, já designamos o oficial para acompanhar essa investigação, agora com base nas informações cabeadas que estarão no bojo desse processo investigativo, nós aí final teremos uma verdade ou ao menos nos aproximar dessa verdade.”

 

O Tenente Coronel Costa Silva, reforçou sobre a função de inquérito policial e seu objetivo em trazer as verdades do ocorrido.

“O inquérito policial militar a exemplo do inquérito policial civil, ele se ocupa por trazer a verdade sobre o que ocorreu. O inquérito policial encarregado ele tem todas as ferramentas tanto a questão de provas documentais, provas testemunhais, provas periciais que são de certa forma incoerente. Todos esses elementos ao final que vai ter um fechamento desse inquérito, esse inquérito por conseguinte, nós estamos aqui falando de um crime contra a vida de civis, eles obrigatoriamente existe uma previsão legal por conta do última atualização do código processo penal militar que todos os crimes dolosos contra a vida obrigatoriamente devam ir para à justiça comum a fim de apreciação.

“O juiz tão logo ele receba esse documento inquisitório investigativo, ele fará as vistas a um promotor de justiça, esse promotor por sua vez faculta ele dentro de todas as elementais dentro do inquérito policial, dele oferecer ou não a denúncia contra os policiais, eventualmente se tiver a questão de autoria e de materialidade. Neste primeiro momento a nossa incumbência enquanto polícia militar e investigativa, de trazer a verdade para dentro do inquérito policial, agora existe um desdobramento jurídico que aí me permitam que não vou entrar na siara até mesmo porque passa por um entendimento de alguém que estudou é que teve um estudo finalístico dentro do direito, que vai ou não oferecer denúncia “

 

Sobre o histórico dos indivíduos, A polícia ainda não afirma nenhuma informação do histórico, na qual será levantado através do processo de Inquérito.

“Tem que considerar que nós estamos, fazendo uma junção de um mosaico de peças, você entender que nós estamos aqui se houve ou não um cometimento do delito anterior que ensejou o acompanhamento e cerco policial, não estamos aqui para levantar essa questão, mas que existe essa primeira informação, sendo um ponto com base nessas informações a equipe policial senão só irradiou a ocorrência com as informações das fundadas da suspeitas, não há o que falar desses suspeitos, importante que a imprensa reproduza isso, havia uma fundada suspeita com base nas informações que haviam sido passado pela vítima.”

“Obviamente que a gente tiver um fechamento das informações, nós vamos entender que invariavelmente, e não estou aqui imputando que esses jovens de fato cometeram esse delito, não é esse o nosso objetivo, mas eventualmente se cometeram a de se entender, nesse acompanhamento policial e nessa tentativa de cerco policial, nós temos vários métodos se não quilômetros entre o primeiro contato visual da equipe até a abordagem que se deu da ocorrência.”

“Nesse período provavelmente e falo isso com propriedade de 21 anos de profissão já tivemos trabalhando na rua de acompanhamento de cerco policial, de contraventores da lei, de perpetradores do crime, eventualmente esses indivíduos eles dispensam as materialidades de um delito, é natural que isso ocorra.”

“Agora obviamente que nós temos a equipe policial em Campos, conjuntamente com outros aparelhos de segurança para tentar fechar esse mosaico, esse quebra cabeça. Então volto a dizer, essa coletiva de imprensa ela não tem seu viés de trazer uma verdade, qualquer coisa que eu eventualmente venha falar aqui, fazer um pré julgamento, um pré conceito de A ou B, seria leviandade da minha parte. Agora obviamente eu como comandante em substituição legal, juntamente com o comandante 11º batalhão, Tenente Coronel Pedro, nós temos o dever de ofício de determinar para que se instaure o inquérito policial militar, afim de que dentro dessa peça inquisitivo e investigativa que haja a verdade trazida sobre os fatos”

 

Algumas documentações, farão parte do Inquérito para contribuir com a conclusão do caso. Segundo o Tenente Coronel não foi comentado sobre tiro nas costas.

“Uma peça de exame de corpo de delito, exame cadavérico existem outras nomenclaturas que trazem inclusive a topografia da própria pessoa, ou vítima onde dentro dessa topografia vai trazer com precisão aonde que foi esse orifício de entrada e eventualmente se é que houve um orifício de saída, produzido por arma de fogo. Então esse documento é um dos documentos que eu disse no início, que vai estar acarreado no inquérito policial.”

“Somente esse documento corrobora com as declarações dos policiais da outra vítima que estava acompanhando a vítima fatal, somente no final quando nós tivermos todas as peças fechadas nós teremos com exatidão isso, não há que se falar ao menos o que se chegou pelos policiais de tiro pelas costas, como eu vi hoje infelizmente numa letra pela imprensa pela manhã, me permita que vocês como imprensa também eu tenho a certeza e conteste absoluta vocês da imprensa de Sinop também tem o interesse em trazer essa verdade. “

“Afinal de contas nós estamos falando de uma mãe que chora seu filho, e nos rendemos as condolências enquanto polícia militar pra essa família enlutada m, já passa a dois anos atrás imagina você perdeu o pai, vítima de acidente e agora perde o filho, então nós temos também esse interesse eu acredito que nós enquanto instituição da polícia militar temos o maior interesse de trazer essa verdade que de fato ocorreu. Obviamente no inquérito policial e eu nenhum outro instrumento nós traremos essa verdade, corroborando com as informações documentais e periciais e também todas as outras investigações do encarregado do inquérito julgar necessário.”

O tenente comentou que será feito a solicitação das imagens, que fará parte do inquérito Policial

“Além das provas documentais provas testemunhais, nós temos também a questão de imagem obviamente o encarregado que nós designamos e determinamos instrua o inquérito policial militar, com maior vergadura profissional do nosso CR, eu tenho certeza que ele fará esse pedido, e a solicitação dessas imagens, mas no momento oportuno ou seja dentro do inquérito policial militar.”

Com o início do Inquérito Policial, com base em 60 dias é finalizado com o objetivo de trazer a verdade sobre os fatos que ocorreram, envolvendo o adolescente de 17 anos

Relembre o Caso

Um Adolescente de 17 anos,  identificado como Bruno Eduardo Ranov Campos foi morto, na tarde do dia 31 de dezembro, após acompanhamento tático feito por uma viatura da Polícia Militar, de Sinop. Ele chegou a ser socorrido pela guarnição da PM até o Hospital Regional, porém, o adolescente não resistiu ao ferimento, e veio a óbito na unidade hospitalar.

No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, às 18:51, os policiais explicam que, a equipe foi abordada por uma mulher na região central dizendo que havia acabado de ser assaltada por dois criminosos, em uma moto, com ‘escapamento barulhento’, sendo um de camiseta vermelha e outro de camiseta verde, e um deles armado com arma tipo pistola. Pelos relatos, ela informou que levaram sua bolsa com pertences.

Após iniciar diligência, no cruzamento entre a avenidas dos Ingás com Dom Henrique, a equipe deparou com suspeitos com a mesmas características e iniciaram acompanhamento. Foi solicitado apoio para outras viaturas e na avenida dos Tarumãs, conseguiram se aproximar dos suspeitos.

Mas, ao se aproximar deles, o carona colocou a mão na cintura, sendo assim o oficial de dia que estava na viatura efetuou um disparo contra o suspeito, impedindo que continuasse a fuga. Segundo as informações,  nenhuma arma foi localizada.

O adolescente foi socorrido pela viatura e chegou com vida na unidade hospitalar. A vítima morava na rua Alcides Faganelo, no bairro Boa Esperança, ainda de acordo com o documento da PM.

O caso foi registrado como, ‘morte por intervenção de agente do Estado’, e passa a ser investigado.

O Adolescente será velado as 04h30 deste domingo, e sepultado às 10h30, no cemitério municipal de Sinop .

(FOTO: Reprodução / Portal 93)

Leia Também –

Acompanhe essas e outras notícias no Jornal Integração 

Caso BrunoPolícia Militar de Sinop