Em uma reunião extraordinária com líderes do G20, os vinte países mais ricos do mundo, foram definidas ações para reduzir os impactos sociais e econômicos da pandemia de Covid-19. Também foi emitido um comunicado, onde diz que o grupo está injetando mais de US$ 5 trilhões na economia global.
O recurso aplicado, de acordo com o G20, é através de políticas discais direcionadas, medidas econômicas e esquemas de garantia. A reunião foi por videoconferência, organizada pela Arábia Saudita, que está na presidência rotativa do grupo. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, também participou da reunião.
As pequenas empresas fazem parte das medidas protetivas, assim como todos os setores mais afetados e, de acordo com o comunicado, os países continuarão apoiando ações para recuperar a economia.
“Estamos adotando medidas imediatas e vigorosas para apoiar nossas economias; proteger trabalhadores, empresas – especialmente micro, pequenas e médias empresas – e os setores mais afetados; e amparar os vulneráveis por meio de uma proteção social adequada”, diz o comunicado.
Também consta no comunicado do G20, que suas lideranças irão pedir que seus encarregados de finanças e os bancos centrais trabalhem com organizações internacionais para fornecer a assistência financeira apropriada.
“Apoiamos as medidas extraordinárias adotadas pelos bancos centrais. Os bancos centrais agiram para apoiar o fluxo de crédito para as famílias e empresas, promover a estabilidade financeira e aumentar a liquidez nos mercados globais. A pandemia sem precedentes de covid-19 é um lembrete poderoso de interconectividade e vulnerabilidades dos países. O combate à pandemia exige uma abordagem transparente, robusta, coordenada, em larga escala e baseada na ciência e no espírito global de solidariedade”.
Sobre os óbitos registrados em decorrência do coronavírus, os líderes do G20 lamentaram e fizeram um comprometimento coletivo:
- No esforço de proteger vidas, os empregos e a renda das pessoas;
- Restaurar a confiança, preservar a estabilidade do mercado e retomar o crescimento;
- Minimizar as interrupções no comércio e nas cadeias de suprimentos globais;
- Prestar ajuda a todos os países que precisam de assistência, e
- Coordenar medidas financeiras e de saúde pública.
Combate à pandemia
Os países do G20 se comprometeram também a adotar todas as medidas de saúde necessárias, trocar informações e garantir o financiamento de combate à pandemia e proteção às pessoas.
“Expandiremos a capacidade de fabricação para atender às crescentes necessidades de suprimentos médicos e garantir que eles estejam amplamente disponíveis o mais rápido possível, a um preço acessível, de forma equitativa, onde são mais necessários”, diz o documento divulgado após a reunião.
Para o grupo, ações urgentes de curto prazo devem ser tomadas para proteger os trabalhadores da saúde na linha de frente de combate e para entregar suprimentos médicos, especialmente de diagnóstico, tratamentos e vacinas. O G20 também quer fortalecer a capacitação e assistência técnica, especialmente para as comunidades em risco.
“Estamos preocupados com os sérios riscos colocados a todos os países, particularmente para países em desenvolvimento e menos desenvolvidos, principalmente na África e nos pequenos estados insulares, onde os sistemas e economias de saúde possam ser menos capazes de lidar com o desafio, bem como o risco particular enfrentado por refugiados e pessoas deslocadas”, diz o comunicado do G20, que considera que consolidar a defesa da saúde da África é a chave para a resiliência da saúde global.
E, para resguardar o futuro, os líderes ainda se comprometeram a fortalecer a capacidade, nacional e mundial, de responder a potenciais surtos de doenças infecciosas, com o fortalecimento da cooperação científica, a alavancagem de tecnologias e o aumento do financiamento para pesquisa e desenvolvimento de vacinas e medicamentos. (Com Andreia Verdélio / Agência Brasil)