Secretário de Saúde é preso em Operação no Distrito Federal

O GAECO também cumpre mandados no Estado de Mato Grosso, na operação que investiga supostas irregularidades na compra de testes para detecção da Covid-19.

O secretário de saúde do Distrito Federal (DF), Francisco Araújo, foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (25), em uma operação que investiga supostas irregularidades na compra de testes para detecção da Covid-19. Ele foi detido no apartamento onde mora, no Noroeste.

Secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, em coletiva de imprensa. (Foto: Renato Alves / Agência Brasília)

Trata-se da segunda fase da operação Falso Negativo, deflagrada pelo Ministério Público do DF. Ao todo, foram expedidos 44 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva. Entre os detidos estão:

  • Francisco Araújo – secretário de Saúde do DF;
  • Ricardo Tavares Mendes – ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde do DF;
  • Eduardo Hage Carmo – subsecretário de Vigilância à Saúde do DF;
  • Eduardo Seara Machado Pojo do Rego – secretário adjunto de Gestão em Saúde do DF;
  • Jorge Antônio Chamon Júnior – diretor do Laboratório Central do DF;
  • Ramon Santana Lopes Azevedo – assessor especial da Secretaria de Saúde do DF.

A decisão que autorizou a operação está em sigilo e é do desembargador Humberto Adjuto Ulhôa, do Tribunal de Justiça do DF. As ordem judiciais estão sendo cumpridas em outros oito estados, onde estão as empresas fornecedoras dos testes. São eles:

  • Goiás;
  • São Paulo;
  • Rio de Janeiro;
  • Bahia;
  • Santa Catarina;
  • Mato Grosso;
  • Espírito Santo;
  • Rio Grande do Sul;

Acionados pelo G1, a Secretaria de Saúde (SES-DF) e o governo do DF não haviam se manifestado até a última atualização desta reportagem. O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse, à TV Globo, que não teve conhecimento da decisão para analisar seus fundamentos.

Segundo o MPDFT, o objetivo da operação é desmantelar uma suposta organização criminosa instalada dentro da Secretaria de Saúde do DF para fraudar a escolha de fornecedores e superfaturar a compra dos testes, feita com dispensa de licitação. Os investigadores afirmam que o prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 18 milhões.

As apurações, lideradas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Procuradoria-Geral de Justiça do MPDFT, apontam ainda baixa qualidade dos testes, que podem dar falso resultado negativo. (Por Rita Yoshimine, TV Globo / G1)

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