Prefeito de Cáceres diz que bloqueio na fronteira prejudica o município

A fronteira está bloqueada desde o dia 28 de outubro, por manifestantes que protestam contra a reeleição do presidente Evo Morales, no dia 20 do mês passado.

Francis Maris Cruz (PSDB) é prefeito do município de Cáceres (636 Km de Sinop), e segundo ele o bloqueio da fronteira com a Bolívia na BR 070 está afetando o comércio local, no qual fica impossibilitado a compra de ureia para a agricultura.

“Esperamos que a população boliviana volte ao trabalho e aos estudos e tenham uma vida de progresso”, ressaltou o prefeito de Cáceres.

A fronteira está bloqueada desde o dia 28 de outubro, por manifestantes que protestam contra a reeleição do presidente Evo Morales, no dia 20 do mês passado. No último domingo (10), o então presidente renunciou ao cargo, após tensões políticas e manifestações, o vice-presidente, Álvaro García Linera, também apresentou a renúncia.

Evo Morales renuncia o cargo de presidente da Bolívia. (Foto: Enzo De Luca/Agencia Boliviana de Informacion via A)

Mesmo com a renúncia de Morales, os manifestantes esperam a realização de uma nova eleição para deixarem o bloqueio da fronteira. Segundo Francis, o bloqueio tem causado prejuízos para Cáceres. Ele afirmou que a cidade importa ureia da Bolívia e os bolivianos compram produtos de Cáceres.

“Cáceres perde muito com as fronteiras fechadas, pois os vizinhos bolivianos vinham muito para Cáceres fazer compras, principalmente de alimentos”, afirmou o prefeito.

Francis disse que espera que o tráfego entre Cáceres e Bolívia seja normalizado nos próximos dias.

“Que possamos entrar na Bolívia para trazer a ureia e que eles [bolivianos] possam fazer compras em Cáceres para o sustento das famílias”, ressaltou. (Com G1 MT)

Manifesto contra a eleição de Evo Morales na fronteira com Cáceres. (Foto: José Pereira/TVCA)
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