O consumo da carne no Brasil é alto, também pelo fato de ser um dos países com maior produção de carne bovina do mundo. Aquele churrasco de domingo é até confundido com a mesa do dia a dia do brasileiro. Porém, para que os apreciadores da boa proteína possam satisfazer os seus desejos, é necessário pagar por ela.
Muitos consumidores reclamam do aumento do preço da carne nos supermercados, mas isso se deve à alguns fatores que muita gente desconhece. Um dos fatores pode ser as festividades do fim de ano, pois quando aumenta a procura, o preço pode subir.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo, o aumento no preço da carne se deve à uma somatória de fatores e a redução de matrizes
“Primeiro houve uma redução de matrizes, o pecuarista abateu matrizes em função do baixo preço que a carne tinha há poucos meses atrás. Então reduzindo matriz, reduz oferta de bezerro e o que o abate de matriz que ocorreu lá atras a gente ta pagando hoje”, e para concluir Ilson disse
“Mas eu quero dizer assim que o preço ainda não está em patamares que estava anos atrás em 2.000, 2009. Se pegar a correlação da carne com o preço da arroba do boi hoje, com o salário mínimo, com preço do óleo dísel, com o preço do arame liso, com o preço do sal mineral, a carne tem que subir mais pra equiparar com esses preços”
A exportação também pode ser um outro fator que poderia ter afetado esse aumento no preço da carne no Brasil, ainda segundo o presidente do sindicato
“Abriu-se exportação para a Russia, pra Arábia Saudita e pra China que teve aquele problema muito sério de peste suína que abateu 40% do rebanho de suínos da china e era a principal fonte de proteína animal deles, e eles passaram a consumir a carne bovina e o Brasil é um grande produtor”, finalizou Redivo.
De acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), uma comissão foi criada para fortalecer as ações de prevenção ao vírus da peste suína africana (PSA), a Comissão PSA. A comissão foi instituída por meio da Portaria 273, assinada pela ministra Tereza Cristina.
Diversas ações devem ser tomadas após a primeira reunião que está prevista para dezembro, afim de definir reforços necessários para intensificar a prevenção, principalmente nos pontos de ingresso de bagagens e equipamentos, além de estipular ações para incentivar a participação da sociedade.