PF cumpre mandados na Aprosoja por ordem de Ministro do STF

Além da ordem partida do ministro do STF Alexandre de Morais, houve bloqueio das contas da Aprosoja Brasil e Mato Grosso, a pedido da Procuradoria Geral da República.

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), em Cuiabá, na tarde desta segunda-feira (6). A assessoria informou que não está autorizada a comentar a operação.

Os mandados estariam sendo cumpridos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro determinou o bloqueio das contas da Aprosoja Brasil e a de Mato Grosso, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

Antônio Galvan investigado como um dos possíveis financiadores das manifestações em defesa do governo Jair Bolsonaro (sem partido) convocadas para 7 de Setembro.

Segundo a PGR, a realização de prováveis atos de ataque à democracia e às instituições “iniciou-se com entrevista do Presidente da República informando que haveria “contragolpe” aos atos entendidos como contrários à sua gestão, em 15 de agosto do presente ano”, e que haveria a  utilização de recursos das duas entidades, já que Galvan é ex-presidente da Aprosoja-MT.

“Para tanto, seriam utilizados Fundos (Fethab e Iagro) compostos por recursos públicos (contribuições), os quais, segundo documento dos autos, não possuem uma maior transparência nem têm sido destinado para suas finalidades originárias, mas sim, como capital para o financiamento de agentes para a realização das condutas antidemocráticas acima descritas”, diz trecho da decisão do último sábado (4).

 

De acordo com a decisão, as contas deverão ser bloqueadas até a próxima quarta-feira (8), além de que todas as transferência, além de outras contas jurídicas que Galvan e a Aprosoja de Mato Grosso tenha acesso.   “Sejam identificados e informados os valores transferidos a partir das contas bancárias dessas entidades para outras entidades ou terceiros, em quaisquer modalidades (DOC, TED, PIX ou outra ordem de pagamento), desde o dia 10.8.2021, a partir do patamar mínimo de R$ 10.000,00, até o limite existente da conta, para fins de rastreio”, completa a decisão.

Alexandre de Moraes ainda pede que a Polícia Federal apure a conduta do prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (PSL), que foi flagrado pela PF com R$ 505 mil em espécie no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.   O pedido partiu da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que investiga o governo federal e suas ações diante da pandemia na Covid-19.

“Foi informado ainda que tais recursos destinavam-se a financiar os atos de 7.9.2021, que têm, entre outras pautas, ameaças ao regime democrático e às instituições brasileiras, entre as quais, o Supremo Tribunal Federal”.  

 

Outro lado

Procurado pelo Gazeta Digital, as assessorias da Aprosoja Brasil e de Mato Grosso disseram que não tinham informações da decisão e que por isso não iriam se manifestar.

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