Mais uma fase da operação que apura comércio de dados de órgãos públicos é deflagrada

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Cuiabá deflagraram nesta quinta (21) a segunda fase da Operação Data Leak, que apura o comércio ilícito de bases de dados públicas sigilosas da DataPrev, Siape, Prefeituras e Exército.

Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Cuiabá.

Os policiais cumpriram simultaneamente 5 mandados de prisão temporária e 10 de buscas e apreensões nas capitais dos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

Um dos mandados de prisão se refere a funcionário da DataPrev do Rio de Janeiro suspeito de prática de corrupção, violação de sigilo funcional e vazamento de dados sigilosos.

Na primeira fase da operação foram cumpridos outros 7 mandados de prisão temporária e 9 mandados de busca e apreensão.

Os receptadores dos dados comercializam as informações com escritórios de advocacia, contabilidade, financeiras e empresas de cobrança, dentre outras, conseguindo expressivos lucros na transação.

A Polícia Federal apurou que essas empresas chegam a faturar mais de R$ 2 milhões por mês com o comércio dos dados públicos sigilosos.

O Ministério Público Federal pretende obter o sequestro de bens que superam o valor de R$ 10 milhões. Na primeira fase foram apreendidos vários veículos de luxo pertencentes aos investigados.

Os investigados estão sendo indiciados e responderão criminalmente por vazamento e receptação de dados públicos sigilosos, corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional e participação em organização criminosa.

O nome Data Leak faz referência ao vazamento de dados sigilosos que chegam ao poder de pessoas que praticam o comércio clandestino de informações financeiras e pessoais sigilosas de funcionários públicos e segurados do INSS. (DO G1 Mato Grosso)

2ª FaseINSSOperação