Igreja celebra centenário de nascimento do Papa João Paulo II

No site oficial de notícias do Vaticano - o Vatican News - há uma série de registro de atividades para celebrar o aniversário de nascimento de São João Paulo II.

A Igreja Católica Apostólica Romana relembra nesta segunda-feira (18), a data de aniversário de São João Paulo II, o Papa que exerceu seu pontificado durante um período de 27 anos. Para celebrar a data, o Vaticano inaugurou o Instituto Cultural “São João Paulo II”, na Unifersidade de Filosofia, onde o Papa estudou.

O Papa Francisco enviou uma carta ao Pe. Michal Paluch, reitor da Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, conhecida como Angelicum.

“No dia em que se celebra o centenário do nascimento de São João Paulo II, o aluno mais ilustre desta universidade, é inaugurado no Angelicum, na Faculdade de Filosofia, o Instituto Cultural, a ele intitulado. Expresso o meu agradecimento por esta iniciativa e estendendo uma cordial saudação a toda a comunidade acadêmica e a todos os que participam do evento, em particular aos representantes das duas fundações polonesas, Futura Iuventa e Saint Nicholas, que apoiam o novo Instituto”, diz mensagem enviada por Francisco.

Segundo o Papa, a finalidade principal do instituto “é refletir sobre a cultura contemporânea. Para isso, os promotores pretendem fazer uso da colaboração dos mais eminentes filósofos, teólogos e homens e mulheres de cultura, em sua expressão mais ampla”.

“São João Paulo II é ao mesmo tempo o inspirador e o primeiro e mais importante artífice desta obra, com o rico e multiforme patrimônio que ele deixou e com o exemplo de seu espírito aberto e contemplativo, apaixonado por Deus e pelo ser humano, pela criação, pela história e pela arte.”

No site oficial de notícias do Vaticano – o Vatican News – há uma série de registro de atividades para celebrar o aniversário de nascimento de São João Paulo II. Em memória, o departamento relembrou a despedida da imagem de Nossa Senhora de Fátima, transferida para o Vaticano no Ano Santo da Redenção.

Na Basílica Vaticana, João Paulo II despedia-se da imagem com muita fé. Com o olhar do profeta, juntamente com o prudente realismo político, e a vontade de olhar para o futuro. Como Papa, continuou o novo humanismo do seu predecessor Paulo VI: nada mais importante do que a dignidade do homem, começando de seu trabalho.

“Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós Vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no Vosso Coração materno. De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações, que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade”, discursou João Paulo II em 25 de março de 1984.

 

A carta de Francisco

Francisco ressalta na carta que as várias experiências de vida de Karol Wojtyla, “em particular, os dramas da época e os sofrimentos pessoais, interpretados à luz do Espírito, o levaram a desenvolver uma reflexão profunda sobre o homem e suas raízes culturais, como referência imprescindível a toda proclamação do Evangelho”.

Registro de momento em que o cardeal Bergolglio beija a mão do Papa João Paulo II. (Foto: Reprodução)

O Pontífice exorta a “manter essa atitude viva, se queremos ser uma Igreja em saída, uma Igreja que não se contenta em conservar e administrar o existente, mas quer ser fiel à sua missão”.

“Estou muito feliz que essa iniciativa se realize na Universidade Santo Tomás de Aquino. O Angelicum de fato hospeda uma comunidade acadêmica composta por professores e estudantes provenientes de todo o mundo. É um local adequado para interpretar os importantes desafios das culturas de hoje”, destaca ainda Francisco.

“A tradição da Ordem Dominicana, com o importante papel ocupado pela reflexão racional sobre a fé e seus conteúdos, articulada de forma magistral pelo Doutor Angélico, só pode favorecer este projeto, para que seja marcado pela coragem da verdade, pela liberdade de espírito e pela honestidade intelectual”, conclui o Papa.

 

Palavras do Papa Emérito Bento XVI

“Toda a vida do Papa foi centrada sobre este propósito de aceitar subjetivamente como seu o centro objetivo da fé cristã – o ensinamento da salvação – e consentir aos outros aceitá-lo”. Assim escreve Bento XVI em uma carta por ocasião do centenário do nascimento de São João Paulo II. “Graças a Cristo ressuscitado, a misericórdia de Deus é para todos”, recorda o Papa emérito, e “todos devem saber que a misericórdia de Deus acabará por se revelar mais forte do que a nossa fraqueza”. (Com Vatican News)

Cardeal Ratzinger com Papa João Paulo II. (Foto: Reprodução)
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