Uma Escola sem festa junina é algo difícil de se encontrar no Brasil, mas devido a pandemia do novo coronavírus, muitas escolas não poderão celebrar essa tradição. Na contra-mão, a Escola Municipal Rolf Bachmann, em Sorriso, realizou o Drive Thru Junino. A ideia foi de não deixar passar em branco e matar a saudade de alunos e professores.
Respeitando as regras de segurança sanitária que o período exige, a Escola promoveu o evento no último sábado (20), afim de ver, em poucos minutos, os colegas de trabalho e os alunos. Para a diretora da escola, Simone Ruotolo, foi um dia de emoção e amor.
“Tivemos por objetivo levar um pouco de alegria, amor, fé e esperança para nossa comunidade escolar, fortalecendo assim o vínculo entre família e escola”, comenta a diretora da unidade, reforçando que foi um dia de muita emoção.
A Rolf Bachmann atende 240 crianças de 3 a 5 anos, com turmas de Maternal, Pré I e Pré II. De acordo com a diretora, cerca de 60 famílias aderiram à proposta e participaram da festa alternativa. Em Sorriso, são quase 15 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino, onde seguem com aulas remotas.
Para contribuir com aqueles que não possuem acesso aos meios tecnológicos, afim de acompanhar as aulas online, o município estabeleceu as escolas como ponto de coleta e entrega de material, para que os alunos possam desempenhar as atividades em suas casas, com a segurança necessária.
Esse novo método de atividade é contabilizado como presença, desde o dia 1º de junho. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec), disponibiliza ainda propostas pedagógicas para os alunos, por meio do site oficial da prefeitura www.sorriso.mt.gov.br.
Sobre as festas juninas
Celebradas no Brasil desde pelo menos o século XVII, as Festas Juninas constituem a segunda maior comemoração realizada pelos brasileiros, ficando atrás apenas do Carnaval. De acordo com historiadores, a festa tem origem no culto aos deuses pagãos, mas sofreu influências do catolicismo e hoje há forte associação com os santos católicos, como Santo Antônio, São João e São Pedro.
Com a chegada dos portugueses, as festas, que já eram típicas na Europa, também desembarcaram no Brasil e aos poucos foram se misturando com elementos próprios do interior do país e das tradições sertanejas. Comidas típicas, danças e enfeites utilizados nas festas de hoje são uma junção de partes da cultura africana, europeia e indígena. (93 FM com Ascom)