Consciência Negra: A Luta Contra a Discriminação de Desigualdade Social Ainda Não Chegou ao Fim

Dia da Consciência Negra

No dia 20 de novembro é celebrado em todo território nacional o dia da Consciência Negra, cujo o objetivo é relembrar a importância de pensarmos sobre a percepção cultural e histórica da população negra.

O dia da consciência negra foi criado no ano de 2003.

Do ponto de vista biológico, todos nós seres humanos somos exatamente iguais, e não há nenhuma distinção por parte da natureza.

Mas socialmente falando, o preconceito e a discriminação racial, que tiveram seu início desde de os primórdios da humanidade, deram início a teorias totalmente equivocadas de que os seres humanos possuem “raças”, e que umas são superiores às outras.

Mas como mencionado acima, internamente somos todos iguais.

Se você tirar a pele de vários seres humanos, verá que não há nenhuma diferença entre eles.

Discriminar uma pessoa por sua aparência, cor, característica ou qualquer outro fator é algo totalmente cruel, que deixará marcas na pessoa pelo resto de sua vida.

O sofrimento, a repressão, a angústia, as marcas, as dores e todo o desemparo sofrido pelos negros ao longo da história jamais conseguirão ser reparados.

Essa é uma dor eterna na história da humanidade.

Agimos como monstros, desprezamos nossos irmãos e nos comportamos como seres selvagens, desprovidos da capacidade de pensar.

E engana-se quem pensa que o sofrimento da população negra é algo do passado.

Como mencionado acima, as marcas dessa parte da nossa história jamais serão apagadas.

Todos os dias, centenas de pessoas sofrem diariamente com o preconceito.

Sofremos em silêncio, nossos corações adoecem por dentro, envoltos em um sofrimento sem fim.

Consciência Negra

O dia da consciência negra é uma oportunidade de lembrarmos toda a garra de centenas de milhares de pessoas que lutam até hoje para superarem a discriminação racial.

As marcas da escravidão criaram barreiras entre nós, trazendo muita dor e sofrimento para a população negra.

Lamentavelmente é possível afirmar que a escravidão acompanha a humanidade desde seu início.

Há registros históricos que comprovam que o trabalho escravo já existia nas primeiras civilizações, principalmente no Egito, na Grécia e em Roma.

Antes mesmo da colonização das Américas, a escravidão já era praticada no continente africano.

Escravidão no Brasil

Não se sabe ao certo o número de escravos traficados no Brasil durante o período colonial.

tráfico negreiro teve seu início em nosso país no ano de 1520, e seu término decretado pela Princesa Isabel em 1888.

Quando o Brasil foi proclamado uma república em 1889, documentos importantes sobre a história do povo africano foram queimados.

Os governadores daquela época queriam apagar as cicatrizes da escravidão no Brasil para que fossemos mais prósperos.

O que acaba se tornando uma utopia!

Tendo em vista que o trabalho escravo existiu no Brasil por pelo menos 400 anos.

Segundo relatos históricos, o Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão.

Dessa maneira, ao assinar a abolição da escravatura, a Princesa Isabel colocou fim a um dos períodos mais dramáticos do Brasil.

As revoltas e os conflitos em torno da escravidão eram inúmeros e incontroláveis.

Assim, o país não poderia mais depender do trabalho escravo.

Após a aprovação da Lei Áurea, cerca de 800 mil pessoas ganharam a liberdade, mas o fim da escravidão trouxe outro problema ao país.

Após serem libertos, os afrodescendentes não possuíam absolutamente nada, nem moradia, nem trabalho.

Por este motivo, alguns ex-escravos até optaram por permanecer trabalhando para seus ex-donos.

Em troca de salários absurdamente baixos.

Porém, outros decidiram ir para as grandes cidades e grandes centros comerciais em busca de salários melhores e condições de vida mais dignas.

Mas mesmo com o passar dos anos as marcas do trabalho escravo são notavelmente visíveis na história e cotidiano do povo brasileiro.

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