Vereador volta atrás e CPI é cancelada; Entenda

A CPI que iria investigar cargos indicados por vereadores no Poder Executivo foi cancelada pois o vereador Agnaldo do Alto da Glória (PR), voltou atrás e retirou sua assinatura durante a sessão ordinária dessa segunda-feira (18).

O pedido da CPI foi feito pelo vereador Ícaro Francio Severo (PSDB), após o vice-prefeito, Gilson de Oliveira, declarar enquanto apresentava um programa na TV no dia 5, que vereadores possuem cargos indicados na Prefeitura e nas Secretarias Municipais. Gilson disse, enquanto rebatia o argumento de que a prefeita teria perdido a base de sustentação na Câmara, que “todos [vereadores] estão lá na Prefeitura, têm cargos no Executivo. Todos estão inseridos aí com seus amigos, empregados nas Secretarias da cidade”.

Nessa linha, Agnaldo alegou que a investigação deveria ser extensiva ao Poder Legislativo, ou seja, apurar cargos indicados pelos vereadores dentro da própria Câmara Municipal.

O vereador tucano conseguiu coletar as cinco assinaturas necessárias (um terço dos vereadores) para a instauração da CPI: Ícaro Francio Severo (PSDB), Dilmair Callegaro (PSDB), Luciano Chitolina (PSDB), Adenilson Rocha (PSDB), além de Agnaldo.

Ícaro entendeu tal preocupação e concorda que a apuração deve ser ampla, porém explicou que “o pedido de uma CPI exige a definição de um fato determinado. E o fato determinado de nosso pedido é a fala do vice-prefeito na TV, que disse especificamente sobre cargos no Executivo e nas Secretarias Municipais. Mas é preciso deixar claro que nada impediria a apuração de cargos indicados no Legislativo caso a CPI fosse provocada”.

Na última semana, Ícaro exibiu o vídeo na sessão e cobrou esclarecimentos do vice-prefeito. “Eu não tenho, nunca pedi e nunca vou pedir cargos. Entendo que ele [Gilson de Oliveira] deve esclarecer, deve dizer quais são esses cargos, quem os indicou e onde essas pessoas estão lotadas”.

O vereador também salientou que, quando o vice-prefeito declara momentos depois “vai lá e entrega todos os cargos lá para a prefeita, aí todo mundo faz o que quiser na Câmara”, Gilson sugere que os votos dos vereadores estariam condicionados aos cargos indicados, e que para terem uma atuação independente dentro do Legislativo, bastariam que os vereadores abrissem mão de seus cargos indicados no Poder Executivo. (Com assessoria)

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