Um adolescente de 16 anos foi apreendido nessa quarta-feira (9), e em depoimento confessou o assassinato de uma mulher identificada como Fátima Pupo Camargo. Ela tinha 45 anos e o crime aconteceu na casa da vítima, na Linha Julião em Juara. O corpo dela foi encontrado em estado de decomposição no domingo passado (6).
De acordo com o delegado Carlos Henrique Engelmann, responsável pelo caso, após vários depoimentos com testemunhas, não foi possível identificar quem teria cometido o crime, entretanto, na manhã dessa quarta, o menor foi detido e confessou. Conforme o delegado, o menor disse que decidiu matar a sua vizinha, pelo fato de ela o ter chamado de ‘vagabundo’ e ‘ladrão’. “Depois de ter sido insultado pela vitima por várias vezes, em determinada madrugada, depois de muito cogitar por cerca de uma semana, se armou com uma faca que havia comprado e adentrou a residência da vítima pela janela, acordou a vítima e desferiu contra ela vários golpes que acertaram a região do abdômen”, explica.
No depoimento, na presença da mãe e conselheiro tutelar, o adolescente afirmou que depois que foi esfaqueada, a mulher começou a “agonizar”, por isso resolveu cortar o pescoço dela. “Ele cortou a garganta dela com a faca”, complementa o delegado.
Após cometer o crime, o menor saiu pela janela, roubou a moto de Fátima e fugiu. Ele deixou a moto escondida em uma madeireira que fica próxima da casa dele. Ainda na mesma madrugada, o adolescente voltou no local do crime para tentar esconder o corpo. “Uma vez que a vítima tinha certo peso, que sozinho não conseguiu arrastar o corpo, desistiu da ação”, aponta Carlos.
No outro dia o menor, junto com um amigo, circulava pela cidade com a moto que roubou da casa da vítima. No domingo (6), os policiais localizaram a motocicleta de Fátima e foram até a casa dela. Lá encontraram o corpo.
O inquérito policial será convertido em procedimento especial de apuração de ato infracional e assim que concluído será encaminhado ao judiciário e à promotoria cível de Juara. “Vamos aguardar as deliberações do poder Judiciário”, conclui o delegado. (Colaborou Rádio Tucunaré FM)