Mauro Mendes faz declarações fortíssimas em entrevista

Além do gestor confirmar que haverá um novo decreto nesta quinta-feira (25), ele ainda diz "distanciamento foi a grande ferramenta usada no mundo inteiro, vários países fizeram, vários estados, está comprovado que é um mecanismo eficaz, agora se não queremos, se a maioria não quer, tem consequências". Acesse e veja outras declarações.

Na manhã dessa quinta-feira (25), o governador Mauro Mendes, por meio de uma entrevista a Rádio CBN, relatou a atual situação do Mato Grosso perante ao enfrentamento da Covid-19.

“Mato Grosso, vive um momento de dificuldade, nós estamos com a taxa de ocupação de UTI, ontem, de 97%, isso significa praticamente todos os leitos lotados. O estado vive um esforço muito grande para tentar conter a pandemia e acima de tudo para atender a população”, relatou Mauro Mendes.

Ao ser questionado sobre um possível Lockdown, o governador  Mauro Mendes respondeu o seguinte:

“Estou analisando isso hoje, nós temos a decisão, um novo decreto deve circular hoje, temos vários níveis de restrições, talvez nós vamos apertar naquilo que é dentro da minha competência, mas é muito difícil, hoje existe um grande número de pessoas não querendo algo que vc impôs. Você manda e as pessoas não obedecem”.

Fazendo referência ao governador, o procurador da justiça, se pronunciou na noite desta quarta-feira (24), dizendo:

“Não venha com um decreto que seja apenas recomendações para as prefeituras do Estado. Exigimos um decreto impositivo e com medidas que possa combater a transmissão do vírus”

Na entrevista, por diversas vezes Mauro Mendes disse que a população não quer obedecer as autoridades.

“É um direito que a sociedade tem de escolher os seus caminhos, e ela faz através dos seus representantes, o meu dever, eu tenho a consciência tranquila, perante mim, perante Deus, qualquer um, que estamos fazendo campanha, aquilo que a ciência recomenda correto, mas a gente percebe que a maioria, a grande maioria não quer isso, então a gente vai apertar o nível de restrição, porque se você manda um conjunto grande de pessoas fazer, forçar ao que elas não querem fazer, é uma subordinação.”

“Em algum momento você tem que fazer aquilo que o povo quer. Gente distanciamento foi a grande ferramenta usada no mundo inteiro, vários países fizeram, vários estados, está comprovado que é um mecanismo eficaz, agora se não queremos, se a maioria não quer, tem consequências”.

Segundo pesquisas medidas pela Inloco, Mato Grosso despenca no ranking, sendo o pior Estado no quesito isolamento social.  O índice chegou ao patamar de 29,96% no dia em que o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontou 95 mortes em 24 horas por conta da Covid-19.

O Estado é o único do país com índice abaixo dos 30%. Tocantins é o segundo pior, com 34%, e Rondônia está em terceiro, com 34,1%. Nas primeiras colocações, estão o Acre, com 50,6%; Pará, 45,5%; e Amapá, com 45%.

Com toda a situação atual que Mato Grosso vem enfrentando, Mauro Mendes foi questionado se as pessoas estão escolhendo a morte.

“As pessoas não escolhem a morte, porém é comum uma confusão de liderança, de dizeres no país, as pessoas estão cansadas, estressadas, é um ano de pandemia, nessa confusão, as pessoas e a própria sociedade, como um todo, cometem equívocos, eu acho que isso é um equívoco”. finalizou Mauro Mendes

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