O autor do crime que vitimou a jovem Thalia Cristina, de 24 anos, foi identificado pela Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP). Trata-se de um homem de nacionalidade argentina. Além disso, imagens que contribuem neste caso, foram divulgadas na tarde desta quinta-feira (22).
A jovem desapareceu no dia 14 de julho, já no dia 18, o seu corpo foi encontrado em estado de decomposição, em uma construção abandonada, localizada na rua Valentin Dalastra, no bairro Setor Industrial, em Sinop.
Conforme explica o investigador da DHPP, Wilson Candido, em coletiva de imprensa, o Núcleo teve acesso as imagens dos últimos momentos de vida de Thalia. Na gravação é possível ver ela e o suspeito descendo de um veículo de aplicativo, posteriormente eles entram em uma conveniência localizada na mesma rua em que a vítima foi encontrada morta. Eles estavam mantendo um relacionamento.
Já dentro do estabelecimento, eles trocam carícia e fazem uso de bebidas alcoólicas. Foi informado que ainda no local, ela pediu para o argentino comprar um salgado, já sem dinheiro, o acusado localizou um homem conhecido, pedindo para que ele pagasse. Pelo horário registrado nas imagens, é possível ver que eles permaneceram no local por cerca de três horas.
Já por volta das 23h, a vítima e o suspeito saem do estabelecimento de mãos dadas. O investigador explica que o crime aconteceu cerca de 250 metros desde o último ponto em que Thalia foi vista viva pela última vez, nas imagens.
“Eles não andaram mais que 250 metros até aquele edifício em construção, ali eles adentraram este edifício e houve toda a situação. Nós acreditamos que ali ele tentou manter relações sexuais com ela, e possivelmente houve uma negativa da parte dela, onde começou uma situação de crime”, explica Candido.
Para cometer o assassinato, o argentino usou um cadarço, fazendo uma espécie de torniquete, amarrando as duas pontas do fio em uma madeira, colocando em volta do pescoço, e torcendo até a vítima morrer por asfixia mecânica.
A equipe de investigação acredita ainda que houve estupro, já que a vítima foi encontrada nua, entretanto, apenas um exame pericial poderá afirmar.
Um ponto que chamou a atenção da equipe do Núcleo de Homicídios, é que o acusado teria comprado uma passagem para ir embora de Sinop, um dia anterior ao crime. O destino seria Foz do Iguaçu, no Paraná.
O acusado tinha passagens por furto e roubo tanto em Mato Grosso, Paraná e Argentina. Com o inquérito concluído, o caso deve ser passado para a Interpol, que irá assumir e tentar localizar o indivíduo, que está foragido.
O homem era uma pessoa conhecida, e se apresentava por diversas maneiras.
“A ex-mulher dele conhecia ele por Leonardo, na rede social era Leandro, e se apresentava nos meio sociais como Cristiano ou Espanhol”, frisa o investigador.
Foi identificado que a vítima Thalia não possuía passagens criminais, ou qualquer relação com crime. Conforme relatos de testemunhas, eles se conheceram durante um trabalho em que prestavam diárias, e estavam próximos, mantendo um relacionamento.
Confira as imagens do dia do crime
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