O cuidado com a saúde bucal é essencial para a manutenção do bem-estar do paciente, em todos os momentos da vida. No entanto, durante a pandemia da covid-19, a necessidade de atenção com a cavidade oral se tornou ainda mais importante.
Isso porque, como a boca e o sistema respiratório são as principais vias de acesso do vírus da COVID ao organismo, é crucial que a região esteja sempre livre de doenças – como as cáries e as inflamações gengivais –, e o sistema imunológico esteja fortalecido para combater os agentes externos.
No entanto, devido à necessidade do uso obrigatório das máscaras de proteção facial em ambientes públicos, como diminuição de contágio da COVID, muitos pacientes têm relaxado com as rotinas de higiene bucal e isso acarreta em diversos problemas para a saúde geral. Inclusive, podendo deixar o corpo mais suscetível a covid-19.
Como a saúde bucal e a covid-19 se relacionam?
A relação entre a saúde das estruturas orais e a origem de doenças sistêmicas em diversas partes do corpo já é conhecida há tempos e estudada por especialistas de todo o mundo.
Isso se dá porque a boca é o caminho mais fácil para acessar o sistema circulatório e espalhar todos os tipos de doenças para os órgãos.
Inclusive, esse é um aspecto possibilitado devido à ação bacteriana que, com o tempo, vai causando danos aos dentes e ao tecido gengival, provocando inflamações e infecções agravadas, como a gengivite e a periodontite.
Quando esses processos inflamatórios atingem os tecidos mais profundos da boca, por se tratar de uma região altamente vascularizada, as bactérias encontram acesso ao sistema sanguíneo, podendo circular por todo o corpo e formar colônias em tecidos como:
- Coração;
- Veias e artérias;
- Parede do útero;
- Cérebro;
- Articulações;
- Pulmões.
Nesse caso, se o vírus responsável pela covid-19 entra em contato com a cavidade bucal, estudos indicam que ele pode se reproduzir mais rapidamente na saliva e acessar o sistema sanguíneo por meio das feridas da periodontite.
Assim, esses microrganismos atingem mais rapidamente os tecidos pulmonares e carregam uma carga biológica ainda mais elevada.
Cuidados essenciais com a saúde oral durante a pandemia da COVID-19
Outro agravante para a negligência com o cuidado bucal, especialmente durante a pandemia, é que como o vírus é espalhado por meio de gotículas orais e nasais, o atendimento odontológico pode representar um grande risco de contaminação e transmissão, se os devidos cuidados não forem tomados.
Assim, os atendimentos não emergenciais – como a realização de clareamento dental ou a manutenção do aparelho de dente – deixaram de ser prioridade e devem ser adiados até o controle da emergência sanitária.
Além disso, por esse motivo, os cuidados individuais são, mais do que nunca, fundamentais.
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Atente-se com a limpeza das mãos
As mãos são as principais maneiras de contaminar a boca e a cavidade nasal. Por isso, antes de realizar a limpeza da região, é preciso lavar bem as mãos e embaixo das unhas, para prevenir o contágio acidental.
Esses cuidados também são primordiais antes de tirar o aparelho ortodôntico móvel, lavá-lo ou recolocá-lo após as alimentações – especialmente em ambiente de trabalho.
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Realize a higienização bucal corretamente
A higienização adequada é a melhor forma de controlar a reprodução bacteriana e evitar a produção de ácidos que corroem os dentes e provocam a irritação e inflamação gengival. Assim, a escovação deve ser feita três vezes ao dia ou após cada uma das refeições.
Ela deve ser seguida pelo uso do fio dental (pelo menos uma vez por dia) e concluída com o bochecho feito com um enxaguante bucal que contenha flúor.
Os pacientes que possuem a lente de contato dental devem ter os mesmos cuidados, pois ainda que os dentes originais estejam sob a proteção das facetas de porcelana, eles ainda podem ser danificados por essas bactérias.
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Procure um dentista em casos mais sérios
Ainda que a realização de tratamentos cosméticos ou não emergenciais diversos, como é o caso do clareamento dental, estejam sendo desencorajados e adiados, todos os pacientes que desenvolverem casos urgentes devem procurar o atendimento odontológico o quanto antes.
Por isso, o aparecimento de dores de dentes, cáries extensas, sangramentos gengivais que não melhoram com o uso do fio dental e com a escovação caprichada, quebras e traumas nos dentes, infecções do implante dentário, entre outros, devem ser atendidos presencialmente.
Já se o paciente tem alguma dúvida sobre a necessidade de uma intervenção, desde o início do período pandêmico, os consultórios odontológicos têm disponibilizado o atendimento à distância para solucionar essas questões e indicar o melhor momento para realizar o exame presencial.
Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blog Qualivida Online, site no qual é possível encontrar diversas informações e conteúdos sobre os cuidados com a saúde física e mental.
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