Corte de verba em universidades e institutos chega a R$ 78 milhões em MT

O bloqueio de 30% nos orçamentos das universidades e institutos federais de Mato Grosso e de todo o país para 2019, feito pelo Ministério da Educação, na terça-feira (30 de abril) compromete o desempenho das atividades educativas nas instituições.

Na Universidade Federal (UFMT), por exemplo, são 113 cursos de graduação, sendo 108 presenciais e 5 na modalidade a distância (EaD), em 33 cidades mato-grossenses: 5 Câmpus e 28 polos de EaD. Além disso, são oferecidos 66 programas de pós-graduação entre mestrado e doutorado. Ao todo, são 25.435 mil estudantes.

O montante que deixará de ser repassado para a universidade chega na casa dos R$ 34 milhões e conforme a reitora Myrian Serra, o ato de cortar investimentos vai contra o desenvolvimento do país.

“Não é possível pensar em desenvolvimento econômico sustentável desatrelado do desenvolvimento social. Este deve ser capitaneado por políticas educacionais criteriosas, seguidas de perto por investimentos em ciências, tecnologias e inovações. Neste sentido, o ataque ao orçamento das universidades públicas brasileiras é uma agressão frontal a qualquer oportunidade de desenvolvimento do país”, afirma a reitora.

Já no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), o valor que deixa de ser investido chega a R$ 31, 8 milhões. Em nota, o reitor Willian Silva de Paula, afirma que essa atitude irá inviabilizar as ações planejadas para 2019 e até alternativas já são estudadas.

“será discutido na próxima reunião do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científca e Tecnológica (Conif), com apoio do Fórum de Planejamento e Administração (FORPLAN), que será realizada na próxima semana, de 07 a 09/05/2019 o impacto desse bloqueio na rede. Após, o Colégio de Dirigentes do IFMT – CODIR se reunirá para readequar, reestruturar objetivando minimizar os prejuízos que vierem a ocorrer”, diz trecho.

Bloqueio
Conforme o decreto do MEC, o bloqueio de recursos para a educação chega a R$ 5,83 bilhões neste ano. Porém, os R$ 5,8 bilhões em cortes só podem ser feitos nas despesas chamadas discricionárias, ou seja, não obrigatórias. A rede federal inclui mais de 60 universidades e quase 40 institutos em todos os estados do Brasil.

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