Carne suína tem aumento nos açougues; entenda

O preço da carne suína tem aumentado cada vez mais nas últimas semanas, entretanto esse aumento tem um argumento muito válido. Desde janeiro até agora, o custo de venda do animal vivo subiu cerca de 24% e isso se deu por meio da valorização do milho. Mais de dois terços da ração que alimenta os suínos, provém desse grão.

Conforme o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) em Sorriso, Itamar Canossa, como o preço do milho também está em alta, automaticamente o custo final da carne se eleva. “Sempre ter uma visão de qualidade. Isso gera custo e isso somado com outras despesas. Em cima disso é feito um preço de mercado. Certamente na gôndola terá um custo a mais”.

O farelo da soja, que também é utilizado para a alimentação, teve aumento de preço nos últimos meses e isso também outro fator conflitante. Em janeiro, uma tonelada do produto custava R$1069,00. Atualmente o mesmo peso custa cerca de R$ 1186,00.

“A soja está um preço elevado para ser transformado em farelo. Temos um problema na disponibilidade da soja pra ser transformada em farelo. O óleo de soja está sendo um produto muito procurado, ou seja, torna a soja muito cara. O que que acontece? Todas essas somas de fatores acaba por inviabilizar a atividade suinícula”, complementa Itamar.

Além do alto custo para manter a alimentação dos animais, a exportação contribui para a alta nos açougues. A demanda da carne para outros países tem subido e isso também cai sob o preço local. “A gente sabe que problemas sanitários de outros países, como por exemplo da China, que sofreu com um surto da peste suína africana. Então a demanda internacional é muito elevada, os produtores são visados para que possam vender essa carne, então o mercado interno acaba pagando mais caro”, conclui Canossa. (Colaborou TV Sorriso)

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