Bebê de 6 meses que foi flagrada com a boca tampada por uma fita adesiva, em vídeo divulgado pelo próprio pai em rede social, foi acolhida pelo Conselho Tutelar de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) e foi encaminhada para o Centro Social da cidade.
À imprensa, a conselheira Margareth Dükrs, que acompanhou o caso desde o primeiro momento, afirmou que enquanto Conselho Tutelar foi decidido pela aplicação da medida para “deixar a criança fora da situação de risco”, além de toda a exposição que ela já tinha sofrido.
Os pais da menina, a jovem de 18 anos e o pai de 26, prestaram depoimento à Polícia Civil, que vai investigar crimes de maus-tratos. “A criança está bem, foi acolhida e sendo bem cuidada. Agora, outras questões sobre o caso serão judicializadas e quem vai decidir sobre a guarda será o juiz”, lembrou.
O caso
Margareth começou receber várias denúncias sobre crime de maus tratos envolvendo a bebê – com base nas imagens do vídeo na segunda-feira (21). É possível ver o momento em que o pai encontra a bebê na cama, puxa a fita adesiva da boca da menina, que começa chorar em seguida.
Ele sai do quarto e fila a esposa, que está sentada no chão mexendo no celular. “Ow, cê tá doida? Prega fita na boca da menina? Cê só pode tá doida, né?”, disse o marido à jovem. Ele teria encaminhado o vídeo para uma pessoa há mais ou menos 9 dias, agora as imagens viralizaram.
Em diligências durante toda a terça-feira (22), a equipe do conselho localizou a família da mãe da bebê, que já não estava mais em casa. Ela foi para uma chácara junto com a sua genitora. O pai dela afirmou que a filha não andava bem psicologicamente.
Foi aí que a conselheira descobriu que a jovem mãe está com diagnóstico de depressão e que precisa de tratamento. Ela foi chamada para depor e foi encaminhada para tratamento.
(Com Gazeta Digital)
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