Bebê de 3 meses morre com suspeita de maus tratos

A criança estava com um buraco no pescoço, lesões e inchaço na cabeça, mãos e em diversas partes do corpo. Os pais alegaram que o bebê estava com um furúnculo.

Na manhã desta segunda-feira (24), um bebê indígena de 3 meses morreu, após ser internado em uma unidade de saúde de Barra do Garças (509 km de Cuiabá) em estado grave. A criança estava com um buraco no pescoço, lesões e inchaço na cabeça, mãos e em diversas partes do corpo.

De acordo com a Polícia Civil, o bebê foi internado na madrugada de sábado (22), no Pronto-Socorro do município em estado gravíssimo. Ele estava com várias lesões na cabeça, pescoço, mãos e em diversas partes do corpo e com luxação de crânio.

A equipe plantonista do hospital acionou a Polícia Civil, que iniciou as investigações. A Vara da Infância da cidade também esteve no local e orientou os médicos para não liberarem a criança para a família. Na manhã desta segunda, a morte do bebê foi confirmada.

Os pais alegaram para os policiais que a criança estava com um furúnculo no pescoço por isso os machucados. Além disso, conforme informações, o bebê era pequeno para a sua idade, e aparentava ter 1 mês de vida.

O corpo da criança foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para o exame de necropsia, para confirmar a causa da morte.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

Casos semelhantes envolvendo mortes de bebês:

Uma mulher encontrou o corpo de um bebê de 5 meses de idade, do sexo masculino, em Sorriso. Segundo ela, o corpo foi encontrado após ser desenterrado por uma cadela da raça pitbull e arrastado. A Polícia Juciária Civil (PJC) foi acionada e está em diligências.

A principal suspeita da morte de Brian, é a mãe, Ramira Nunes. A princípio, a mulher dizia que viajou e deixou o bebê com uma amiga. Nessa primeira versão, ela afirmou que não saberia a causa da morte.

Após isso, ela apresentou uma nova narrativa sobre os fatos. A mulher apontou que o bebê morreu no dia 13 enquanto dormia. Ela também confirmou que enterrou a criança, mas negou ter amputados os pés e mãos do menino.

As investigações da PJC de Sorriso apontam que também constará no inquérito que, antes de viajar, Ramira vendeu alguns produtos que sem o conhecimento do proprietário.

Após prestar depoimento, ela será encaminhada para alguma cadeia feminina do Estado que tenha vaga.

 Aumento de maus tratos a crianças na pandemia:

Na análise do presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP, embora não haja ainda estatísticas oficiais, “seguramente” o número de violência contra crianças e jovens cresceu durante a pandemia de covid-19. Marco Gama observou que a criança poderia pedir socorro a um vizinho, à professora ou a um colega na escola, a um padrinho com quem tenha proximidade afetiva. Mas, com o isolamento social imposto pela pandemia, a criança que sofre maus-tratos está limitada ou presa no ambiente domiciliar.

As estatísticas mostram que, em 2018, 83% dos agressores foram o pai ou a mãe e que mais de 60% das agressões foram cometidas dentro das residências. “A pandemia propiciou o conjunto ideal para o agressor”. O mesmo ocorreu em relação às mulheres, com a expansão de feminicídios, destacou.

“As agressões aumentaram durante a pandemia e as chances de defesa das crianças diminuíram”.

Gama defendeu a criação de uma rede técnico-científica para combater os maus-tratos contra as crianças e adolescentes, “porque violência, como doença, é caso médico, mas como agressão, é caso de polícia”. É preciso, segundo o pediatra, tratá-la nas duas instâncias, interromper esse processo e cuidar precocemente das vítimas.

Como denunciar:

Pessoas com suspeita de que uma criança está sendo vítima de maus-tratos podem denunciar o caso aos conselhos tutelares, às polícias Civil e Militar, ao Ministério Público e também pelo canal Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

(Com Agência Brasil)

(Reprodução: Repórter MT)

(Com Repórter MT)

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