Assista 1º episódio: Saiba como é a transmissão e quais os sintomas da Hanseníase

A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade. Vários registros históricos indicam que ela surgiu na África e na Ásia há mais de 2,6 mil anos.

De acordo com o médico da saúde e comunidade, Júlio Casé, ela é uma doença infectocontagiosa, que já foi conhecida por outro nome. É preciso ter bastante atenção, pois geralmente ela pode ser silenciosa.

“É transmitida por via aérea, pelo contato da fala. Causada por microbactéria um lepra ou leprae, conhecida como bacilo de hansen. É uma doença que não é rápida, ela acaba sendo assim, 5, 10, 15 anos às vezes de evolução pra pessoa ver os sintomas e as incapacidades”.

A técnica em segurança do trabalho, Valdirene Furtado afirma que foram muitos anos até descobrir que estava com a doença. “Após um período de 5 anos de sofrimento sem conseguir um diagnóstico, eu vi na televisão uma pessoa que perdeu o filho em Sorriso devido a consequências da hanseníase e essa pessoa comentou os sintomas, e eu percebi que eram exatamente os mesmos que eu tinha”.

muito importante se atentar aos sinais e sintomas que não são corriqueiros de sentir no dia-a-dia. O principal deles é a perda gradativa da sensibilidade. “Manchas que chamamos de apocrômicas, principalmente com a alteração de sensibilidade térmica, começa a perder, ela começa a não sentir o calor, e depois a dolorosa, isso é um problema sério, poque ela acaba sendo mutilada, porque de repente com uma lesão ela não tem sensibilidade”, explica o médico.

Entretanto, Valdirene assegura que a falta de informação é a grande inimiga de uma pessoa que tem hanseníase. “De um clínico geral eu fui pra um angiologista, de um angiologista eu fui prum neuro, de um neuro pra um reumatologista, pro cardiologista. Todos os médicos que me indicaram, que poderiam me dar um diagnóstico eu procurei e nenhum deles detectou o que era”.

Ninguém está livre de contrair a hanseníase, pode ser adulto, homem, mulher, e até as crianças. Por isso a orientação é ir periodicamente a qualquer unidade de saúde para fazer os exames e principalmente conversar com um médico, já que alguns diagnósticos mostram apenas que a pessoa não é transmissora.

“O diagnóstico da hanseníase é clínico epidemiológico (corta). O exame clínico é capaz de identificar. O exame de pele é para dizer se a pessoa é transmissora ou não, muitas vezes é baciloscopia. Esse exame dando negativo não excluí a pessoa se ela está doente ou não”, conclui Júlio.

Ouça a matéria disponibilizada em áudio:

 

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