A prefeita Rosana Martinelli (PL) concedeu 3,27% de Revisão Geral Anual (RGA) aos salários de servidores ativos e inativos do município, com data base para janeiro. O texto estabelece que o vencimento e o subsídio ficam reajustados de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos doze meses.

“É um compromisso que fizemos com os servidores da Prefeitura de Sinop e seguimos honrando todos os anos. O pagamento da RGA representa valorização e respeito aos servidores públicos e suas famílias”, destacou a prefeita.

Sinop paga antecipado o benefício, vez que a data base do Governo do Estado e alguns municípios é em maio e na Capital do Nortão os servidores públicos municipais já poderão contar com a RGA incorporado ao salário no pagamento referente em janeiro. Após aprovação o projeto segue para sanção da prefeita.

“Acima de tudo é uma conquista dos servidores. Por isso, garantimos a RGA todos os anos do nosso mandato e como prefeita tenho trabalhado, junto com nossos servidores, prezando pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com eficiência, zelo ao recurso público e mantendo o equilíbrio fiscal do município”, finalizou a prefeita Rosana Martinelli.

Saúde financeira

Diferente de outros municípios do Estado que enfrentam dificuldades para fechar a folha de pagamento dos servidores. Em Sinop, a prefeita Rosana Martinelli tem demonstrado habilidade em manter a saúde financeira do município. Em novembro, ela pagou o 13º integral dos servidores públicos e adiantou o 14º, previsto apenas para 2020, dos agentes de saúde.

Agora para dezembro, a gestora concede RGA de 3,27% aos servidores, com data base para janeiro, aumento de 14% no vale alimentação, além de confirmar o pagamento da folha salarial de dezembro para o próximo dia 20.

Cerca de 10 mil alunos Cinco da rede estadual de ensino em Sinop continuam sem aulas devido a greve dos servidores da educação. Das 19 escolas, cinco estão totalmente paralisadas, são elas: Nilza de Oliveira Pipino, Edeli Mantovani, Seja, João Olímpio Pissinati Guerra e São Vicente de Paula.

Outras unidades como Rosa dos Ventos, Paulo Freire, Nossa Senhora da Glória e Maria de Fátima Gimenez Lopes retornaram com as atividades, porém parcialmente.

Com a greve, o andamento dos estudos dos alunos nesse ano de 2019 estão comprometidos, já que ao todo precisam ter completos 200 dias letivos. Conforme o assessor pedagógico Anézio Bach, não há a confirmação se ainda neste ano será possível fazer a reposição das aulas. “Quando as aulas voltarem se fará um calendário de reposiçao dos dias parados, mas não tem como a gente precisar neste momento se tem condições dessas escolas concluirem o ano letivo”

O assessor ainda complementa que as férias dos estudantes serão garantidas. “Depois das férias, mesmo que no ano de 2020, para finalizar o ano letivo de 2019 serão repostas e, a partir de então, começar o ano letivo de 2020”, complementa.

Assembleia
Nessa segunda-feira (24), foi realizada uma assembleia e os servidores decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Os profissionais da educação estão em greve desde o dia 27 de maio e querem, entre outras reivindicações, o cumprimento da lei que prevê a dobra do poder de compra da categoria até 2023, além da contratação dos aprovados no concurso.

Nessa linha, o governo do Estado disse que não tem condições de conceder a RGA devido da situação econômica. O executivo também se comprometeu a apresentar um cronograma de reforma das unidades sucateadas.

Os servidores da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), devem entrar em greve nessa sexta-feira (25), devido ao atraso no pagamento de salários, 13º, além do não cumprimento da Lei n. 10.572/2017 (RGA), que deveria ser recompensado em 2018.

Conforme o representante do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior de Mato Grosso (Sintesmat) Seccional de Sinop, Sidney Ribeiro de Andrade, foi votado pela categoria na segunda-feira (21) o indicativo de greve e que corre o prazo legal de 72 horas.

“O pessoal está em Cuiabá tentando conversar com o nosso governador, não obtivemos nada positivo nessa questão. Ele quer apressar a reforma administrativa e outras mensagens, até o momento não teve nenhum diálogo conosco”, disse para a Rádio 93 FM.

De acordo com Sidney, cerca de 70% dos servidores da Unemat estão sem receber, e aqueles que fizeram aniversário em novembro e dezembro de 2018 não receberam o 13º salário. “Foi paga uma porcentagem no dia 10 de janeiro (aqueles que ganham até 4 mil reais), ele prometeu pagar no dia 24 aqueles que ganham até 6 mil reais, e no dia 30 o restante. Inclusive o 13º ele escalonou em 4 parcelas”.

A categoria apenas aguarda o fim desse prazo e na sexta-feira as atividades devem ser paralisadas.